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USDA reduz estimativas para oferta americana e preços dos grãos sobem

Novas estimativas sobre oferta e demanda de grãos nos Estados Unidos e no mundo divulgadas na manhã de ontem pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) deram fôlego extra às cotações internacionais de commodities como milho, soja e trigo.
O principal impacto do levantamento foi no mercado de milho, já que os ajustes promovidos pelo USDA resultaram em uma queda de 17,9% na previsão para os estoques finais americanos nesta safra 2011/12 na comparação com a previsão de julho. Houve ganhos em outras frentes, mas a deterioração da oferta no maior país produtor do grão do mundo resultou em baixa de 1% no cálculo do USDA para os estoques finais globais na temporada, que agora deverão ficar 6,8% menores que em 2010/11.
Nesse contexto, os contratos futuros do milho fecharam o pregão da bolsa de Chicago em forte alta – dezembro subiu 24,5 centavos de dólar (3,7%), para US$ 7,14 por bushel – e puxaram também o trigo, que pode ser usado como substituto do milho tanto na alimentação humana quanto em rações. Conforme o Valor Data, os contratos de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) do milho em Chicago passaram a acumular valorização de 12,18% neste ano.
Para analistas do Rabobank, instituição financeira de origem holandesa com forte presença no setor de agronegócios, inclusive no Brasil, o relatório do USDA confirmou os efeitos deletérios das adversidades climáticas em regiões produtivas americanas e abriu espaço para que novas máximas históricas de preços sejam alcançadas em Chicago – o recorde atual é de junho passado.
O USDA também promoveu correções no quadro de oferta e demanda do trigo, mas menos expressivas. De qualquer forma, o órgão baixou suas estimativas para produção e exportações dos EUA. O volume dos estoques finais mundiais em 2011/12 foi ampliado em relação à projeção de julho em 3,7%, mas na comparação com 2010/11 ainda há queda de 1,5%. Em Chicago, os papéis para dezembro subiram 13,75 centavos de dólar (1,91%) e fecharam a US$ 7,33 por bushel. Em 2011, a queda acumulada da segunda posição ainda é de 10,69%, segundo o Valor Data.
No caso da soja, o USDA cortou sua previsão para a safra americana em 2011/12 em 5,2%, o que se refletiu em estimativas menores tanto para as exportações do país quanto para a produção mundial. Com isso, os estoques finais mundiais deverão ser 1,6% menores que os previstos em julho e quase 11% inferiores aos do ciclo 2011/12. Na bolsa de Chicago, os futuros reagiram positivamente e fecharam com ganhos . Os contratos com vencimento em setembro subiram 29,25 centavos de dólar (2,26%), para US$ 13,2475 por bushel, e conforme o Valor Data a baixa acumulada em 2011 passou a ser de 5,58%.

Fonte: Valor Econômico

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