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USDA confirma quebra de 101,89 milhões de toneladas de milho na safra americana

Confira a análise de Gilda Bozza, economista do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP:  

RELATÓRIO USDA – AGOSTO/2012
SOJA – Confirmado corte  de 9,70 milhões de toneladas na safra norte-americana 2012/13

Nesta sexta-feira-feira (10), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – Usda, divulgou o relatório mensal de agosto com novos números para as culturas de soja, milho e trigo na safra 2012/13.
 Estados Unidos – O USDA cortou a produção norte-americana de soja, por conta da estiagem, em  9,70 milhões de toneladas (11,7%), passando de 83,0 milhões de toneladas para 73,3 milhões de toneladas. A produtividade estimada é de 2.425 kg/hectare (36,1 bushel por acre). Consumo doméstico em 47,21 milhões de toneladas.  Já as exportações foram reavaliadas de 37,29 milhões para 30,21 milhões de toneladas e  os Estados Unidos cedem posição de primeiro exportador para o Brasil. Estoques finais estimados em 3,13 milhões de toneladas.   A relação estoque final/consumo é de apenas 7,00%.

Brasil –  Para o Brasil, alçado para a posição de primeiro produtor mundial, o USDA prevê uma produção de 81,0 milhões de toneladas e consumo interno de 39,89 milhões de toneladas. As exportações passaram de 35,10 milhões para 37,60 milhões de toneladas e estoques finais de 16,15 milhões de toneladas. O Brasil passa a responder por 31% da produção mundial de soja.

Argentina – Para a produção argentina de soja, o relatório aponta produção  de 55 milhões de toneladas, consumo interno de 39,85 milhões de toneladas e exportações de 13,50 milhões de toneladas.  O estoque final foi avaliado em 19,92 milhões de toneladas.
Com isso, a produção mundial do grão na safra 2012/13 foi reajustada para 260,46 milhões de toneladas, consumo global de 56,92 milhões de toneladas, exportações de 93,97 milhões de toneladas e estoque final caindo para 53,38 milhões de toneladas.  A relação estoque final/consumo global é de 20,77%.

MILHO: Produção norte-americana tem quebra  de 101,89 milhões de toneladas.
O USDA reavaliou a produção norte-americana de milho por conta da estiagem que atingiu os Estados Unidos e prejudicou a cultura. A quebra na produção foi de  101,89 milhões de toneladas, passando de uma previsão inicial de  375,68 milhões de toneladas para 273,79 toneladas.  A produtividade caiu para 7.737 quilos por hectare. O consumo previsto é de 252,11 milhões de toneladas, exportações reajustadas de 40,64 milhões de toneladas para 33,02 milhões de toneladas e estoque final caindo para 16,50 milhões de toneladas.  A relação estoque final/consumo norte-americano é de  6,54%, configurando um quadro apertado.

Consequentemente, a produção mundial foi reavaliada para 849,01 milhões de toneladas, consumo mundial estimado em 861,64 milhões de toneladas, exportações passando para 92,78 milhões de toneladas e estoque final caindo de 134,09 milhões para 123,33 milhões de toneladas. A relação estoque final/consumo é de 14,3%.
Com relação ao Brasil, o relatório de agosto reajustou a produção brasileira de milho de 67,0 milhões para 70,0 milhões de toneladas. O consumo interno brasileiro foi estimado em  56,0 milhões de toneladas e as exportações reavaliadas de 12 ,0 milhões para 14,0 milhões de toneladas.  É uma janela de mercado que se abre para o milho brasileiro.

Para a Argentina o USDA revisou a  produção na safra 2012/13 de 25 milhões de toneladas para 28 milhões de toneladas. O consumo interno tem estimativa de  8,80 milhões de toneladas e exportações previstas em 18,50 milhões de toneladas.

Para a China, o relatório prevê uma produção de  200 milhões de toneladas e um consumo doméstico de 139 milhões de toneladas.  A União Europeia  teve a produção revista de 65,47 milhões para 61,54 milhões de toneladas e um consumo interno de 65,50 milhões de toneladas. Para o FSU-12( ex-União Soviética) o USDA revisou a produção de 36,26 milhões para 32,06 milhões de toneladas e as exportações passaram de 15,94 milhões para 14,41 milhões de toneladas. O consumo interno estimado é de  15,19 milhões de toneladas.

Gilda M. Bozza
Economista
DTE/FAEP

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