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Soja tem leve recuo na bolsa de Chicago nesta 5ª

Por volta de 8h (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam pouco mais de 5 pontos no pregão eletrônico. O milho também registrava pequena queda, enquanto o trigo subia mais de 5 pontos nas posições mais negociadas.

A proximidade do final da colheita da soja e milho nos Estados Unidos traz volatilidade ao mercado, bem como a saída do vencimento novembro/13 do mercado da soja, que faz com que os investidores tenham que se reposicionar.

Durante toda a sessão regular desta quarta-feira (13), o mercado internacional da soja operou sem força e sem direção na Bolsa de Chicago. Porém, os futuros da oleaginosa conseguiram, no final da semana, se recuperar, e encerrar os negócios com ligeiros ganhos. O vencimento janeiro/14 fechou o dia valendo US$ por bushel, subindo pontos.

Os preços, segundo analistas, passaram por um movimento de correção técnica neste pregão, depois das fortes e intensas altas registradas pelo mercado nos últimos dias. A proximidade da conclusão da colheita, tanto da soja quanto do milho nos Estados Unidos, também tira um pouco da força dos negócios, uma vez que deixa os investidores mais na defensiva. Os traders aguardam por novas e definitivas informações sobre a safra norte-americana para dar uma direção mais definida para as cotações.

Ainda de acordo com analistas, o mercado deverá se manter volátil e até mesmo ligeiramente pressionado até o próximo dia 15, quando o vencimento novembro/13 encerra seus negócios, fazendo com que os investidores se reposicionem e esse movimento poderá trazer alguma volatilidade às negociações. Em seguida, ainda de acordo com analistas, os fundamentos deverão se sobressair, voltando a dar força às cotações, principalmente da soja, uma vez que seguem positivos com a ajustada relação entre a oferta e a demanda.

“O mercado chegou em um momento que sugere uma correção, aliviando indicadores, pois o mercado veio forte nas últimas semanas. São etapas normais e a sazonalidade também influencia”, explica Mauricio Correa, analista de mercado do SIM Consult.

O que também traz falta de direcionamento ao mercado da soja em grão na CBOT é a volatilidade  do farelo de soja negociado em Chicago. Nesta quarta, as cotações do produto fecharam o dia, novamente, em campo misto, com baixa para os primeiros vencimentos e alta nos demais.

Os fundamentos, no entanto, devem retomar a atenção do mercado nas próximas sessões, já que a relação de oferta e demanda ainda se configura bem apertada e pode agravar a situação de um déficit de oferta de soja nos Estados Unidos. Nesta quarta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 123 mil toneladas de soja para a China, e na terça (11), mais 116 mil e 35 mil toneladas de óleo para destinos desconhecidos, números que confirmam essa procura bastante aquecida pelo produto norte-americano.

Além disso, já há mais de 84%, cerca de 33,5 milhões de toneladas das 39,46 milhões de toneladas de soja previstas para serem exportadas nesta temporada pelos Estados Unidos, e o ano comercial só se encerra em agosto de 2014.

“Esses números da demanda são um forte indício de que deveremos ter preços maiores do que os que vem sendo mostrados no mercado, podendo configurar uma sustentação maior para o início da safra da América do Sul”, explica Leonardo Mussury, analista de mercado da Bocchi Administradora de Negócios. “Em termos de demanda, portanto, o mercado encontra um bom suporte”, completa.

Outro fator que poderia fortalecer a sustentação do mercado internacional de soja mais adiante são os problemas que a América do Sul vem enfrentando e ainda pode enfrentar na temporada 2013/14. No Brasil, há falta de chuvas em importantes estados produtores como Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além do severo ataque da lagarta Helicoverpa, presente em várias regiões de produção, explica Mussury.

“São muitas variáveis atuando nesse mercado que todo dia nos trazem uma surpresa. Eu acredito sinceramente que o mercado possa ter condições de preços mais favoráveis pelo quadro que se desenha a nível macroeconômico e internacional”, diz o analista.

 

Cenário MT

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