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Programa de Agricultura de Baixo Carbono atrai produtores para atividades sustentáveis

Os financiamentos para agricultura empresarial na safra 2012/2013 apresentam uma alta de 18% na comparação com a safra passada, chegando a R$ 45,8 bilhões. O destaque é o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que teve, entre julho e novembro, fechados contratos que totalizaram R$ 1,2 bilhão. O programa, que tem prazos de até 15 anos para pagar, está atraindo produtores para atividades que têm como base a sustentabilidade.

A linha de crédito hoje tem juros de 5% ao ano e prazos que, dependendo do projeto, podem chegar a 15 anos com oito anos de carência. Em Minas Gerais, os projetos que mais estão sendo aprovados são para recuperação de pastagem.

"A pecuária tem perdido muito a competitividade para outras atividades, como a produção de grãos e cana-de-açúcar, e essa é uma excelente maneira do produtor voltar a capitalizar, já que ele  pode estar recuperando as áreas degradadas ou pastagem menos produtivas e aumentar em três, quatro vezes a produção em áreas de pastagem recuperada", afirma o agrônomo da Emater Gilberto Carlos de Freitas.

O Programa ABC envolve tudo o que contribui para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e aumentar a produção agropecuária com base sustentável, Mas o produtor tem que ficar atento na hora de fazer o projeto, mais complexo do que no caso de linhas para custeio.

"Como é um projeto de longo prazo, então tem que ter um nível de detalhamento maior. Por exemplo, ter as coordenadas geográficas em pelo menos quatro pontos da propriedade e o plano de manejo", explica Freitas.

A Fazenda Pôr do Sol tem 410 hectares. O produtor arrenda  para soja e milho e lida com pecuária de leite. Reniton  Lourenço da Costa viu na linha ABC a oportunidade de investir na terra e reduzir a área que arrenda para terceiros.

"A oportunidade de pagar, a carência, o juro anual e o plano semestral  de pagamento ajudam muito o produtor", afirma.

Costa conseguiu R$ 95 mil para implantar 10 hectares de seringueiras com irrigação e R$ 19 mil para implantar seis hectares de eucalipto. No caso da seringueira, ele deve começar a produzir látex em seis anos. O eucalipto terá o primeiro corte em quatro anos, o segundo em  oito anos e, por fim, em 12 anos estará mandando madeira para serraria.  O produtor pagará o financiamento em oito parcelas semestrais a partir de 2020.

O agrônomo da Emater só vê aumentar a procura por projetos que possam se enquadrar nas linhas do programa ABC, umamaneira de melhorar a eficiência das atividades e colocar a propriedade em dia com a legislação ambiental.

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