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Produtores fazem tratoraço contra ocupação do MST em Castro

Integrantes do MST ocupam há 11 dias a Fazenda Capão do Cipó, onde está instalada a Fundação ABC, voltada para pesquisas agropecuárias

Produtores rurais participaram de um tratoraço ontem em Castro, na região dos Campos Gerais. O ato foi contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ocupam, há 11 dias, a Fazenda Capão do Cipó, onde está instalada a Fundação ABC, voltada para pesquisas agropecuárias. Os manifestantes saíram cedo do Parque de Exposições Dario Macedo e passaram por algumas ruas da cidade até chegar ao Parque Lacustre.

Há mais de 30 anos, a Fazenda Capão do Cipó é utilizada para a realização de pesquisas agropecuárias e beneficia quatro mil produtores da região. Lideranças sindicais e produtores rurais se juntaram à manifestação após participarem de reunião no Sindicato Rural de Castro, onde levantaram as possíveis ações contra as invasões nas propriedades rurais e na Fazenda Capão do Cipó. “A propriedade sempre foi utilizada para a pesquisa e também abriga o Centro de Treinamento para Pecuaristas (CTP) que há 18 anos capacita produtores e trabalhadores rurais. Hoje a produção do CTP é de sete mil litros de leite por dia. Isso revela a importância da fazenda para a nossa região. Temos que dar um basta nessas invasões”, disse o vice-presidente do Sindicato, Eduardo Medeiros Gomes.

Durante a reunião, Medeiros apontou duas ações para combater as invasões que estão ocorrendo no Estado nos últimos meses. A primeira é elaborar uma forte estratégia de comunicação para divulgar a sociedade sobre as invasões coordenadas pelo MST em áreas destinadas à pesquisa. “As pessoas precisam saber sobre o transtorno e a insegurança que essas invasões causam e os prejuízos provocados nos centros de pesquisas”, observou Eduardo. A outra ação é criar mecanismos para defender esses centros. “Assim como há um Corpo de Bombeiros para o momento que ocorre um incêndio, temos que ter um grupo agindo de maneira eficiente e prática em relação às invasões”.

O produtor Fábio Schimidt, de Ipiranga, teme que ocorram mais invasões em outras áreas de pesquisas, como a fazenda do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e da Embrapa, em Londrina. “Esses centros de pesquisa possuem as áreas de terras mais valorizadas, por isso se tornaram alvo das invasões coordenadas pelo MST. Temos que agir para defender essas áreas”, destacou.

Participaram da reunião líderes e produtores dos municípios de Ponta Grossa, Castro, Ipiranga, Piraí do Sul, Tibagi, Jaguariaíva, Ivaí, Reserva, Ortigueira, São do Triunfo, Ipiranga e Cambará.

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