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Produtores e técnicos do Paraná iniciam viagem técnica pela Europa

Chegou nesta semana a Paris, na França, o grupo paranaense que participa de uma viagem técnica pela Europa promovida pelo Sistema FAEP. Liderados pelo diretor financeiro da FAEP, João Luiz Rodrigues Biscaia, os presidentes de sindicatos rurais, técnicos da entidade e das secretarias da agricultura, meio ambiente e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), vão visitar propriedades, laboratórios, entidades e associações ligadas à área rural em quatro países da Europa: França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Itália.

Durante 16 dias, a comitiva paranaense, composta por 34 pessoas, observará os principais avanços, técnicas agrícolas e o comportamento da agropecuária europeia. No roteiro, visitas técnicas em propriedades e laboratórios nos arredores de Paris, Bruxelas, Rotterdam, Amsterdam, Arnhem, Colonia, Frankfurt, Bolonha, Roma e Milão. O objetivo é obter dividendos, experiências e boas ideias que possam ajudar no desenvolvimento da atividade rural no Estado. O grupo retorna ao Brasil no dia 22 de maio.

Ponto de partida
A Choqueuse Les Bernards foi o ponto de partida para as visitas técnicas realizadas pelo grupo.  A propriedade, que há 400 anos era um castelo, pertence a um conde e há três gerações (85 anos) é arrendada para a família do técnico agrícola Didier Verbeke, de 41 anos. Com a ajuda da esposa e mais dois irmãos, o produtor planta grãos, trabalha com avicultura e gado.
A comitiva paranaense se surpreendeu com a jovialidade do produtor, frente às dificuldades de sucessão familiar encontradas no Brasil. Outro ponto que gerou questionamentos foi em relação ao subsídio governamental recebido pelo produtor. São 42 mil euros por ano pagos pela União Europeia para a área de 115 hectares. A condição é que Verbeke desenvolva ao menos quatro atividades na propriedade.   Segundo ele, o valor é definido de acordo com a área, projeto e com a apresentação da situação de legalidade da propriedade nos órgãos competentes, incluindo questões ambientais.

De acordo com o produtor, há muita cobrança com relação ao bem estar  dos animais criados. Não há fiscalização para o controle sanitário, mas o estado é rigoroso na exigência na documentação de todas as informações dos animais.

Na sequencia, o grupo conheceu a Conduite Traditionnelle dês Céréales Cultures Associées, uma instituição pública federal mantida pelos impostos pagos pelos produtores. No local, são realizadas pesquisas agrícolas numa área de 140 hectares, pertencente a Philippe Lambert. O produtor trabalha sozinho nas lavouras de cereais, divididas em 60 hectares de trigo, 20 hectares de canola e nove hectares de vazio  sanitário.

Meio Ambiente
A legislação ambiental é uma preocupação constante para os visitantes. Para o produtor francês não é algo considerado um problema visto que há incentivo para quem preserva. "Se é necessário, o governo dá o incentivo e nós temos que cobrar". Um estímulo para Lambert, que tem como meta reduzir o uso de produtos químicos nas culturas em 50%. Na propriedade não há Área de Preservação Ambiental. Aqueles que têm áreas de várzea recebem ajuda governamental por estarem impedidos de explorar.

DETI

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