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Produtividade e preço do trigo garantem lucro

Os produtores que optaram pelo plantio do trigo no inverno deste ano obtiveram resultados além do esperado.

Com boa parte da colheita já concluída em algumas cidades do norte do Paraná, os dados apontam que a produtividade foi boa e os preços estão remuneradores.

O analista José Pitoli diz que a produtividade é de 130 sacas por alqueire -o correspondente a 54 sacas por hectare- no norte do Estado. Já as negociações ocorrem por R$ 32 a saca.

O trigo, que foi visto com desconfiança no início do plantio, acabou sendo interessante para todos, diz ele. Os estoques mundiais de trigo ainda estão em bons patamares, mas a quebra mundial da safra de grãos, principalmente nos Estados Unidos, respingou sobre os preços do cereal. A alta internacional puxou os preços internos.

Não é só o produtor que ganha, mas o governo também, cujos gastos serão menores com a cultura.

Como os preços do mercado superam o valor mínimo de garantia estipulado para o cereal, o governo não terá de fazer intervenções de compra, diz Pitoli.

Ugo Godinho, engenheiro-agrônomo do Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura do Paraná, diz que a área semeada no Estado foi de 775 mil hectares, e a estimativa de produção é de 2,2 milhões de toneladas.

No final do mês, o Deral terá novo levantamento de safra, mas Godinho não acredita em mudanças substanciais desses números.

A safra de inverno paranaense deste ano teve uma peculiaridade em relação às anteriores. A procura é boa tanto por milho como por trigo, o que garantiu renda aos produtores nos dois casos.

Os agricultores que optaram pelo milho tiveram rendimento próximo de R$ 1.400 por hectare, segundo Pitoli. Já os que optaram pelo trigo vão obter R$ 800.

Os produtores têm de ficar atentos, no entanto, ao comportamento do mercado, principalmente no que se refere ao trigo. Na avaliação de Pitoli, já deveriam pensar em vender parte do produto aos preços atuais.

Trigo A produção de trigo recua 34 milhões de toneladas neste ano, segundo o IGC (International Grains Council). Com isso, os estoques mundiais caem para 180 milhões de toneladas.

Milho O IGC reavaliou também a safra mundial de milho de 2012/13, estimando-a em 838 milhões de toneladas. A produção é inferior à demanda, que deverá atingir 853 milhões de toneladas. Os estoques ao final da safra devem ficar em 120 milhões de toneladas.

Crédito As indústrias gaúchas beneficiadoras de trigo querem crédito entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões. Representantes das indústrias dizem que o setor está descapitalizado e necessita de crédito para manter as aquisições mensais de 86 mil toneladas.

Saúde animal Dedicada à produção e venda de aditivos para nutrição e saúde animal, a Phibro teve faturamento de US$ 38,3 milhões no Brasil no ano fiscal até junho, 28% mais do que no período anterior.

Moagem de cana não se recupera até o fim do ano

A colheita de cana se recupera nas últimas semanas, devido ao clima favorável. O volume de cana moído na primeira quinzena deste mês subiu 14% sobre 2011.

Esse novo ritmo de produção não será suficiente, no entanto, para recuperar as perdas acumuladas desde o início da safra.

As usinas moeram 38 milhões de toneladas de cana a menos neste ano do que no anterior. O problema é que essa defasagem se concentra praticamente no Estado de São Paulo, dificultando a recuperação, diz Antonio de Padua Rodrigues, presidente interino da Unica (associação do setor).

A produção acumulada de açúcar recuou para 15,3 milhões de toneladas nesta safra, 12% abaixo do volume de 2011. Já a oferta de etanol caiu para 10 bilhões de litros, com recuo de 18%.

Folha de S. Paulo – São Paulo/SP – MERCADO

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