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Preço do frete subirá até 30%, diz sindicato

O preço do frete terá um reajuste de 18% a 30%, em função da aplicação da Lei 12.619/12 que, entre outros itens, regulamenta o tempo de direção e descanso dos motoristas, segundo estimativas do Sindicato das Empresas de Transporte de cargas no Estado do Paraná (Setcpar). Em vigor desde junho do ano passado, o repasse do aumento de custo com a "lei do descanso" ainda não chegou a todas as empresas, segundo o presidente do sindicato, Gilberto Antonio Cantú. "Mas não dá mais para segurar e o setor, que já trabalha com margens bastante apertadas, não tem como segurar esse aumento", afirma.

Para o consumidor final o reajuste de preços de produtos não deve chegar a 10%. De acordo com Cantú, o peso do preço do frete na planilha de custos, por exemplo, é de no máximo 10% para os produtos de menor valor agregado, como as commodities agrícolas – soja, milho, etc. "Por isso, o aumento do frete não irá chegar ao consumidor no mesmo patamar. Nos casos de produtos de maior valor agregado, o peso não chega a 2% e o repasse, de cada setor, vai depender de como é composta a planilha de custos", diz.

No caso das commodities paranaenses os valores já foram repassados, segundo as informações de Nelson Costa, superintendente adjunto da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). "O repasse aos custos já foi incorporado à planilha cobrada pelos transportadores já em setembro", afirma. "Se houver mais algum reajuste neste período será por conta da demanda provocada tradicionalmente pelo início da safra de 2013", conta Costa, acrescentando que parte da inflação de 2012, já divulgada, mediu este impacto. De acordo como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação brasileira em 2012 foi de 5,84%.
Já nos demais setores, como indústria e comércio, as informações são de que estudos sobre o impacto do aumento do frete estão em curso. Tanto a Federação do Comércio Varejista do Estado do Paraná (Fecomércio-PR) quanto a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) informaram, via assessoria, que o levantamento do impacto nos custos ainda estava em processo de análise.

Trabalho – De acordo com Cantú, por conta da nova legislação de trabalho dos motoristas profissionais, as empresas de transporte se viram obrigadas a rever os custos. O presidente do Setcepar destaca ainda que o reajuste é uma necessidade imediata. "Com esta legislação, as empresas de transporte precisaram se preparar para cumpri-la o mais rápido possível. E isto gerou mais custos e, consequentemente, o aumento do valor do frete", fala.

Cantú revelou ainda que nos casos que as empresas não aceitaram o reajuste, a transportadora optou por abrir mão do cliente. "Não há como não repassar esse aumento, que será maior quanto maior for à distância da carga", explica. Ele revela que, para os casos de rotas fixas, as empresas serão obrigadas criar ponto de apoio para a troca do motorista, em respeito ao tempo de descanso.

Ana Ehlert
Bem Paraná – Curitiba/PR

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