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Pequenas só no tamanho!

As mini-hortaliças e baby leafs são as novas tendências no mercado e vêm ganhando espaço entre o mercado e consumidores

Pequenas, saborosas e com estética agradável, as baby leafs – folhas bebês, em português – começam a chamar a atenção de um público interessado em hortaliças com sabor e aspecto diferenciados. Assim como as mini-hortaliças, os minitomates e minialfaces, essas folhinhas tão pequenas estão sendo cada vez mais consumidas e se tornaram em uma nova alternativa para aumentar a renda produtor rural. Além do menor porte, esses vegetais combinam uma aparência atraente com o alto valor nutricional.

Entre os que apostaram nesse segmento está a família Bertolin, de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Em uma área de 1,5 hectares, com um sistema de cultivo protegido em estufas e hidropônico, as folhinhas de rúcula, almeirão, espinafre, beterraba e alface ficam entre 12 e 15 dias nas canaletas até estarem prontas para serem colhidas. O ciclo das babies é menor e mais precoce na comparação com o cultivo convencional dessas hortaliças, em que a colheita é realizada no período de aproximadamente 25 dias.  “Como as baby leafs não passam pelo desenvolvimento completo, elas apresentam um sabor um sabor diferenciado, uma textura mais macia e com menos fibras”, explica o engenheiro-agrônomo Evandro Marcos Bertolin.

Bertolin e outros produtores entenderam um processo que vem ocorrendo nos últimos anos no Brasil. Uma parte dessas mudanças tem a ver com a estrutura de comercialização, cada vez mais concentrada nos supermercados. Essa alteração trouxe novas exigências para toda a cadeia, e os produtores que não atendem às necessidades das grandes redes supermercadistas passam a ter dificuldades para colocar sua mercadoria. Outra mudança está na cabeça dos consumidores, que querem produtos saudáveis e estão menos tolerantes ao desperdício.

O mercado brasileiro de minis e babies está ganhando uma nova cara com a elaboração de pratos gourmets e a distribuição em grandes redes de supermercados”, diz o pesquisador Luís Felipe Villani Purquerio, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Na opinião dele, a tendência do consumo desses vegetais é de crescimento porque agrega valor para o produtor rural e atrai o consumidor pelos aspectos de cores e sabores desses produtos – o melhor dos dois mundos, por assim dizer.

Foi o que descobriu o produtor Cassimiro Krupa, da Lapa, que cultiva minitomates. Num total de oito hectares da chácara, ele cultiva morangos e diversas variedades de tomate numa área de quatro hectares com um sistema de estufa protegido. O minitomate da variedade Romanita é que anda animando o produtor. “O preço da semente é mais alto na comparação com o tomate tradicional, mas o valor agregado na venda compensa. Além disso, é uma variedade que apresenta maior resistência a doenças”, diz.

Hoje, o carro-chefe das vendas de Krupa é o tomate-cereja. Há quatro anos, eram 400 pés espalhados pelas estufas e, em 2016, esse número cresceu para 15 mil pés. “Temos vários projetos para sempre estar melhorando e ampliando a nossa produção”, diz. Atualmente, uma média de 2 mil caixas deixam a propriedade toda semana, e todos os produtos são classificados e embalados no local. “Desde o início do negócio já investimos em embalagens e na divulgação da nossa marca. O investimento é mais alto, mas o retorno que tivemos está recompensando”, conta.

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