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Outono promete instabilidade no campo

Nova estação prevê chuvas irregulares e frio chegando mais cedo

A instabilidade climática registrada na safra de verão, com seca no plantio e chuvas em excesso na colheita, deve permanecer nos próximos meses. O início do outono, que ocorreu oficialmente no dia 20 de março, promete pluviosidades irregulares e o frio chegando mais cedo em praticamente todas as regiões do Estado. A explicação para isso está na permanência do fenômeno climático La Niña de fraca intensidade, que segue influenciando a nova estação e, inclusive, parte da próxima, o inverno.

“A intensidade do La Niña segue fraca e moderada, com as chuvas irregulares. Ou seja, os aspectos registrados na safra de verão irão se repetir na safrinha, com as temperaturas mais baixas”, destaca o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Renato Lazinski. Os registros do Inmet confirmam a irregularidade das chuvas ao longo do verão. Em algumas localidades do Paraná choveu, na média, 30 milímetros, enquanto em outras os pluviômetros marcaram 270 milímetros. Esse cenário promete continuar ao longo do outono, o que traz muita preocupação para os produtores. “As chuvas podem não ser tão boas, seguir irregulares, o que pode atrapalhar um pouco o desenvolvimento das lavouras do milho safrinha”, aponta Lazinski. “Por outro lado, sabemos que o trigo gosta de clima seco, ou seja, pode acabar favorecido”, complementa.

O relatório do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) também confirma que “no outono o acumulado das chuvas começa a diminuir com a frequência de ondas de frio mais constante”, aponta. De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), os produtores paranaenses dedicaram 2,1 milhões de hectares para o milho safrinha nesta temporada. A área que será ocupada pelo trigo ainda está indefinida, mas com previsão de aumento em relação à safra passada, quando 970 mil hectares foram semeados.

Temperatura
O calor registrado em praticamente todo o mês de março não irá continuar. O fenômeno responsável pelos dias com temperaturas até 30 graus, conhecido como calor pré-frontal, precede a chegada de uma frente fria. “Teremos massas de ar frio mais intensas que o ano passado, com temperaturas mais baixas”, ressalta Lazinski. Esse frio previsto para os próximos meses traz outra preocupação aos produtores paranaenses: as geadas. A previsão é de ocorrências mais frequentes, principalmente nas regiões mais altas do Estado, a partir de junho. “O produtor, como já ocorreu no verão, não pode esperar o clima como dos dois últimos anos, que foi excelente. Esse ano será mais ou menos, com problemas de chuva e frio”, resume o meteorologista do Inmet.

Imprensa

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