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Na hora da compra, cortes bovinos começam a dar espaço a outras carnes

Nos supermercados já possível perceber o movimento da clientela e a tendência é que esta substituição seja incrementada a partir deste mês, quando os reflexos da estiagem são revertidos para o preço da arroba do boi e consequentemente da carne vermelha, mesmo que em proporções diferentes.

O comerciante Antônio Megassi percebeu o aumento do preço da carne e diz que a alternativa é buscar outros tipos de cortes ou de carnes. "Quando o preço aumenta o jeito é mudar o tipo de carne ou o pedaço", afirma o comerciante que ao se deparar com o preço do patinho, preferiu comprar a costela. O proprietário da rede Modelo, Altair Magalhães, afirma que houve um pequeno aumento no consumo da carne frango em detrimento da carne bovina. "Nos primeiros meses do ano estávamos vendendo em torno de 230 toneladas de frango e 170 toneladas de carne, no último mês o consumo do frango foi de 243 toneladas, enquanto a carne bovina vendeu 158 toneladas". No mesmo intervalo de tempo, a variação no preço da carne do frango foi de 2,4% enquanto na carne vermelha chegou a 6,5%, em média. Magalhães prevê que a partir deste mês os preços subam um pouco mais no caso da carne vermelha, o que vai favorecer ainda mais a demanda pela ave.

De acordo com o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o aumento na carne chega 29%, por exemplo, na fraldinha entre agosto de 2009 e agosto de 2010. O filé, por exemplo, teve uma elevação de 11% em um ano. O coxão mole reduziu em 1,5% o preço e o patinho em 3% no mesmo período.

O administrador do frigorífico Anhambi, Carlos Laércio Scholez, diz que a demanda aumentou aproximadamente 10% no último mês. "Percebemos um pequeno crescimento nas vendas e com isso conseguimos melhorar um pouco o preço". O frango é a segunda opção dos consumidores quando o assunto é carne. Segundo Scholez, é comum a venda crescer quando o preço de outras carnes inflaciona.

A gerente do Comper, Izilda Maria da Silva, diz que o frango teve sim maior procura, mas nos últimos meses houve falta de alguns cortes no mercado. "O consumo de frango deve subir, porém, para isso é preciso que haja oferta disponível para atender a demanda".

O auxiliar de serviços gerais, Valdemar Nunes diz que apesar da alta no preço, ainda está conseguindo manter o equilíbrio entre o consumo de carne vermelha e branca, mas que logo deverá moderar as compras. "Está difícil manter o que sempre compro, a carne está muito cara. Mas ainda não estamos comendo maior quantidade de frango".

Quanto ao consumo de peixe, Altair Magalhães diz que ele se mantém estável, por volta de 80 toneladas por mês e que geralmente não sofre interferência quando o preço de outras carnes oscila.

Fonte: Portal do Agronegócio

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