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Modelo tecnológico da Emater ajuda produtor a dobrar produtividade do café no Paraná

Com o trabalho integrado entre serviço oficial da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR), Associação dos Cafeicultores de Grandes Rios (Acafé) e prefeitura, os produtores de Grandes Rios (PR) estão investindo na produção de cafés de excelente qualidade e obtendo produtividades recordes que passam de 125 sacas de produto limpo por alqueire. O secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, em visita à cidade, conheceu a propriedade do agricultor Adão Santo Daré, que em um sítio de 12,7 hectares dedica 4,5 hectares para a cultura do café.

Ele produz a média de 52 sacas por hectare com a expectativa de colher na próxima safra mais de 100 sacas. A média estadual é de 23 sacas por hectare. Ortigara conheceu no local o modelo tecnológico difundido pela Emater em Grandes Rios para produção de café com qualidade e alta produtividade.

– É uma propriedade que buscou apoio técnico na Emater e junto com o extensionista fez uma lavoura diferente, que produz resultados. O que vimos aqui é uma verdadeira indústria de produzir café. Um exemplo já adotado por produtores da região e que a gente fará todo o esforço para difundir ainda mais para todas as regiões produtora do Paraná – destacou o secretário.

Na avaliação do diretor-presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, a experiência que o secretário conheceu em Grandes Rios é exemplo do modelo de trabalho que o serviço oficial de extensão rural vem adotando em todo o Estado.

– Nós queremos o nosso técnico mais próximo do agricultor. E essa ação que vimos aqui mostra bem isso. São propriedades de referência e que ajudam, de forma prática, no local, fazer a difusão de um modelo de produção que respeita o meio ambiente, gera renda e melhora as condições de vida das famílias assistidas. Nelson Menoli Sobrinho é o extensionista que presta assistência aos produtores e assessora a Associação dos Cafeicultores. Coube a ele explicar como está sendo obtido esse resultado.

– Recomendamos aos plantadores, nas lavouras feitas no sistema semiadensado, fazer a poda em partes dessa plantação. É poda de esqueletamento, que retira os ramos laterais, e a poda de decote, com corte do ponteiro da planta a uma altura de 1,7 metro. A finalidade é aproveitar 100% o potencial produtivo da planta em uma safra, com produção zero no ano seguinte. Sem a aplicação dessa prática de manejo, a tendência é o cafeeiro produzir todos os anos. Porém, com boa produtividade em um ano e baixa produção no outro. O cafeicultor Adão Santo Daré reforça a tese apresentada por Menoli.

– Hoje temos que trabalhar assim. Isso porque a mão de obra está cada vez mais escassa e cara. Além de ser vantajoso para o produtor, ajuda também o município liberando gente para trabalhar em outras áreas – diz. Para ele, além aumentar a produtividade, o sistema recomendado pela Emater contribui com a melhoria da qualidade do café colhido.

Segundo Menoli, a proposta tecnológica traz vantagens para o produtor, mas por outro lado exige uma assistência técnica mais efetiva.

 – Isso para que o cafeicultor possa fazer um bom manejo das lavouras, trabalhar bem o procedimento de desbrota, manejar de forma adequada a fertilidade do solo e controlar de forma racional tanto pragas quanto doenças. O extensionista usa a prática de manejo da fertilidade do solo para explicar melhor a importância desses cuidados.

– Se faltar nutrientes no solo, a planta acaba consumindo reservas acumuladas nos ramos, folhas e raízes para nutrir os frutos em formação. Neste caso, comprometendo a brotação dos ramos produtivos após a poda e até inviabilizando as colheitas futuras. VisitaNa visita à sede da Acafé, Norberto Ortigara conheceu as várias iniciativas conduzidas pela organização assessorada pela Emater e que estão melhorando os resultados econômicos de seus 62 associados, e de pelo menos outras 180 famílias parceiras deles.

A Associação foi criada em 1995, depois que uma geada forte, em 1994, motivou o fechamento do entreposto da Cocamar. Na Associação, Ortigara conheceu o trabalho feito pelo Centro de Classificação Física e de Degustação que até o início deste ano era atendido exclusivamente pelo engenheiro agrônomo da Emater, Nelson Menoli Sobrinho, classificador e degustador oficial do Ministério da Agricultura.

Agora, o extensionista conta com a ajuda de pelo menos outros oito produtores que, com a instrução do próprio Menoli, se tornaram também classificadores e degustadores depois de participar de um curso com duração de 250 horas.

– Já estamos contabilizando os benefícios desse trabalho. Os produtores agora fazem a avaliação dos próprios lotes e de lotes de cafeicultores vizinhos. Com isso, fiquei liberado para outras atividades de assistência técnica. Como avanço, devemos destacar ainda a produção, pela primeira vez no município, de cafés tipo cereja descascado – relata Menoli.

Fonte: Canal Rural

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