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Milho inicia terça-feira próximo da estabilidade em Chicago

Perspectiva de melhora no clima nos Estados Unidos e avanço da colheita continua sendo o principal fator de pressão sobre os preços do cereal

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta terça-feira (27) estáveis. Por volta das 7h37 (horário de Brasília), apenas o vencimento março/17 testava leve queda de 0,25 pontos e o setembro/17, com ligeira alta, de 0,50 pontos. O dezembro/16 permanecia inalterado, cotado a US$ 3,29 por bushel.

A perspectiva de melhora no clima nos Estados Unidos, o que deve permitir o avanço da colheita continua como principal fator de pressão sobre os preços do cereal. Ainda nesta segunda-feira, novos mapas climáticos voltaram a indicar tempo firme em grande parte do Meio-Oeste, após o período chuvoso.

No final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que, até o último domingo, em torno de 15% da área plantada já havia sido colhida. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 16% e a média dos últimos anos é de 19%. Na semana anterior, o índice estava em 9%.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Diante da previsão de clima mais seco no Meio-Oeste, preços recuam mais de 2% nesta 2ª feira na CBOT

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão desta segunda-feira (26) do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal ampliaram as desvalorizações ao longo do dia e fecharam o pregão com perdas entre 6,75 e 7,50 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,29 por bushel e o março/17 era negociado a US$ 3,39 por bushel. Já o maio/17 finalizou o dia a US$ 3,46 por bushel.

Segundo dados do site internacional Farm Futures, os preços foram pressionados pelas previsões climáticas indicando um tempo mais seco para o Meio-Oeste nos próximos dias. “As previsões indiciam um clima firme nessa e na próxima semana, o que deverá permitir a continuidade das colheitas em grande parte da região”, disse Bob Burgdorfer, editor e analista do portal.

Após um final de semana ainda chuvoso, com acumulado de até 127 mm, em algumas localidades de Kansas e Oklahoma, as atualizações dos mapas voltaram a indicar um período mais seco. No período de 3 a 9 de outubro, o NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país -, indica chuvas abaixo da média em grande parte do Meio-Oeste dos EUA. No mesmo período, as temperaturas ficarão acima da normalidade, ainda segundo dados do serviço.

Até a semana anterior, em torno de 9% da área plantada nesta safra havia sido colhida, conforme dados oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). No final da tarde desta segunda-feira, o órgão atualizou o índice para 15%.

No mesmo período do ano passado, a colheita estava completa em 16% da área plantada e a média plurianual é de 19%. No caso do grão, as projeções giravam em torno de 16% a 17% e alguns participantes do mercado mais pessimistas, apontavam a colheita entre 14% a 15%.

O departamento ainda manteve em 76% o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições. 19% permanecem em condições regulares e 7% em condições ruins ou muito ruins.

Ainda hoje, o USDA reportou seu novo boletim de embarques semanais de milho. Na semana encerrada no dia 22 de setembro, o número ficou em 1.335,643 milhão de toneladas. O volume ficou acima das apostas dos participantes do mercado que estavam entre 1 milhão a 1,3 milhão de toneladas do cereal.

Mercado brasileiro

Na BM&F Bovespa, o início da semana também foi negativo aos preços do cereal. As principais posições do cereal exibiram perdas entre 0,12% e 0,98%, no encerramento do pregão desta segunda-feira (26). O contrato novembro/16 era cotado a R$ 40,25 a saca e o março/17 era negociado a R$ 39,49 a saca.

Enquanto isso, em Rio Verde (GO), a cotação recuou 7,50% e encerrou a segunda-feira a R$ 37,00 a saca. Na região de Ponta Grossa (PR), a queda foi de 5%, com a saca do milho a R$ 38,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), o valor caiu 3,23%, com a saca a R$ 30,00. No Rio Grande do Sul, a saca caiu 2,55% em Panambi e fechou o dia a R$ 39,00, em Não-me-toque, o valor também ficou em R$ 39,00 a saca, com desvalorização de 2,50%.

Na região de Campinas (SP), o preço registrou queda de 1,19%, com asaca a R$ 41,60. Já em Uberlândia (MG), a cotação caiu 1,15% e a saca terminou o dia a R$ 43,00. Em contrapartida, em Mato Grosso, os preços voltaram a subir, cerca de 7,69%, com a saca a R$ 28,00 nas praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis. Em Itapeva (SP), a alta ficou em 5,70%, com a saca a R$ 36,14.

Em Campo Grande (MS), o ganho foi de 3,33%, com a saca do cereal a R$ 31,00. Na localidade de Sorriso (MT), o ganho foi de 1,85%, com a saca a R$ 27,50. No Porto de Paranaguá, a saca permaneceu estável em R$ 34,00.

No mercado interno, as negociações ainda permanecem travadas. “Os preços do milho estiveram em queda no Brasil na última semana devido à pressão de compradores. Segundo pesquisadores do Cepea, alguns agentes aproveitam as baixas para repor parte dos estoques. Vendedores, por sua vez, têm adiado as negociações para os próximos meses, na expectativa de retomada de alta nas cotações”, informou o centro em nota.

Paralelamente, é consenso entre os analistas que, os participantes do mercado também acompanham o plantio do milho na safra de verão. Nas principais regiões produtoras, a perspectiva é que haja um incremento na área plantada com o cereal devido aos preços recordes registrados no primeiro semestre de 2016.

Dólar

A moeda norte-americana fechou o dia bem próxima da estabilidade, com alta de 0,01%, cotada a R$ 3,2474 na venda. Segundo informações da agência Reuters, o câmbio foi influenciado pela valorização no petróleo no mercado internacional e pela expectativa do resultado do primeiro debate entre os candidatos Hillary Clinton e Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Fonte: Notícias Agrícolas

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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