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Logística é tema do Encontros Folha

A região Norte, que teve desenvolvimento rápido durante a cultura cafeeira, está isolada

O Grupo Folha realiza amanhã de manhã, no Hotel Blue Tree, o segundo EncontrosFolha, que tem como tema “Infraestrutura e Logística: vencendo os gargalos do Norte do Paraná”. O evento é realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) e contará com uma palestra feita pelo coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística daquela instituição, Paulo Tarso Vilela de Resende.

Como painelistas, também vão participar o assessor técnico e econômico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, o representante do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, o coordenador do curso de Logística da UniFil, Pedro Antônio Semprebom, e a coordenadora de Gestão de Planos de Programas de Infraestrutura e Logística da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, Rejane Karam (ver programação).

Conforme mostrou a FOLHA em caderno especial publicado semana passada, o Norte do Paraná virou uma ilha. Dos cerca de R$ 23,4 bilhões de investimentos privados que serão feitos no Estado pelo programa Paraná Competitivo, apenas R$ 185,7 milhões, ou 0,79%, vão ficar na região. Segundo o governo estadual, os empresários não querem colocar dinheiro longe do Porto de Paranaguá. É mais caro. E não somente pela distância em si. As principais rodovias do Estado, privatizadas nos anos 1990, têm a terceira tarifa mais cara do País, mas contam com pistas simples na maioria dos trechos.

A região, que teve desenvolvimento rápido durante a cultura cafeeira, está isolada. Se o trem, que chegou a Londrina em 1935, representou uma revolução à época, hoje é capaz de levar apenas 28% de toda a produção de grãos exportada por Paranaguá.

Num horizonte de médio prazo, não há nenhum grande projeto de infraestrutura confirmado para a região. O que está mais próximo de sair do papel é a duplicação da PR-445, entre Londrina e Mauá da Serra. A expectativa é que o governo do Estado publique o edital da parceria público-privada (PPP) para a obra ainda neste ano. O trecho de Maringá a Francisco Alves (região Oeste), na PR-323, terá o início das obras em breve. Foi a primeira PPP do Paraná.

Quanto ao modal ferroviário, lideranças políticas da região afirmam que convenceram o governo federal a mudar o traçado da Ferrovia Norte-Sul, originalmente previsto para passar pela região Oeste do Estado em direção à Santa Catarina e, depois ao Rio Grande do Sul. Dizem que, no novo traçado, a estrada de ferro vai passar pelo Norte do Estado, informação que o Ministério dos Transportes não confirma.

Mesmo que seja verdade, a serventia desta estrada de ferro para a produção do Norte do Paraná é questionada por pessoas, como o assessor técnico e econômico da Faep, Nilson Hanke Camargo, que participará como painelista do EncontrosFolha.

Um projeto que tem chances de sair do papel é o do Trem Pé Vermelho, entre Londrina e Maringá, mas trata-se de uma proposta para transporte apenas de passageiros. O governo federal também planeja viabilizar a movimentação de grãos pela hidrovia do Rio Paraná, mas esta é outra proposta que não encontra apoio da Faep. Já, no modal aéreo, existe uma promessa de transformar Maringá em polo de aviação.

O segundo EncontrosFolha tem patrocínio da UniFil, da Unimed Londrina e da Seara. Ingressos à venda a R$ 150 na sede do jornal, na Rua Piauí, 241. Assinantes pagam R$ 100 e estudantes, R$ 75.

 

 
Fonte:Folha de Londrina – 23/09/2014

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