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Leite: Avançam as importações e o preço ao produtor está travado em plena entressafra

Pelo 4º anoconsecutivo, a balança comercial de lácteos está  negativa.

O ano de2011 foi crítico,  fechou com  saldo negativo de 125 mil toneladas, magnitudenão registrada desde 2004 quando o país passou de importador a exportador  de lácteos.

A situaçãocontinua  preocupante no 1º trimestre de2012 quando o fechamento dos dados mostram  saldo negativo  que quase atinge o valor total do ano de 2010,conforme gráfico.



A continuar nesse ritmo, 2012 fechará com déficit maior queo ano anterior.

As importações do 1º trimestre, que em litros de leite equivalem a cercade  311,7milhões, já trazem prejuízo, principalmente aos estados do Sul,pela  proximidade geográfica comArgentina e o Uruguai de onde vem o maior volume importado.Ver

Gráfico.


As indústrias nacionais queixam-se da dificuldade de colocarseus produtos no varejo, principalmente queijos e leite em pó, que representam  o maior percentual do volume importado.

E na ponta da cadeia, o produtorsente o baque, já que os preços da matéria prima não estão subindo na medidacompatível com o período da entressafra, da mesma forma que ocorreu em 2011, quandoas importações bateram recorde dos últimos anos.  O gráfico 2 registra esta situação

Insumos: De fevereirode 2011 a fevereiro de 2012 os preços dos insumos no Paraná acumularam altasexpressivas, conforme mostra o quadro abaixo.

Embora seja época de entressafra, o preço elevado deprodução, aliado à estagnação de preços do produto, cooperam para que  a captação de leite no país venha diminuindomês a mês desde janeiro. Em março, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) recuou3,8% frente a fevereiro, refletindo a queda de captação em todos os estados dapesquisa.
Apesar desta redução,o preço médio pago aos produtores em abril (referente à produção entregue emmarço) subiu apenas 1,1% ( média ponderada pelos estados de RS, PR, SC, SP, MG,GO e BA). Fonte CEPEA – www.cepea.esalq.usp.br

A produção uruguaia de leite em 2011, estimado pela CONAB, foi de 2,06 bilhões de litros, equivalente a cerca de  80% da produção do Paraná.

Mesmo com uma produção tão pequena em relação aos 31,6 bilhões de litros de leite produzidos no Brasil em 2011 (CONAB), O Uruguai vem trazendo dor de cabeça aos produtores e indústrias brasileiras, ao tornar-se o  segundo  maior exportador de lácteos para o Brasil (o 1º é a Argentina). O crescimento do valor exportado em 2011  foi de 32% em relação ao ano anterior, enquanto que o Brasil só acumula resultados negativos

O crescimento da produção uruguaia em 2011 foi de  13 % em relação a 2010, enquanto no mesmo período o Brasil aumentou  a captação em apenas 3%.

Nos dois primeiros meses de 2012 a indústria uruguaia exportou 35,9mil  toneladas de lácteos, 77% a mais em relação ao mesmo período de 2011. Destas, 23 mil t vieram para o Brasil.

O aumento da produção está ocorrendo via aumento de produtividade e um forte processo de apoio das indústrias (a maioria cooperativas) aos seus fornecedores, com prestação de assistência técnica e apoio a financiamento de projetos, conforme informações uruguaias. (fonte: CONAB e adaptação FAEP de matéria divulgada no milkpoint.com.br)

 

O casoUruguai

E como fica oprodutor brasileiro nesse cenário?

Dentro da porteira, a recomendação é a de sempre:olho vivo com os custos de produção, atenção redobrada com  a eficiência da atividade em todos os níveis.

Apoiando a busca ou a manutenção da eficiência, OSENAR Paraná atende os produtores do estado e seus empregados com uma extensagrade de treinamentos.

Em 2011 foram realizados 700cursos específicos para bovinocultura de leite, com 10.003 concluintes. Só no1º quadrimestre de 2012 foram quase 200 eventos.

Fora da porteira a CNA (Confederação Nacional daAgricultura e Pecuária), através da Comissão Nacional de Pecuária Leiteira, daqual a FAEP participa com o presidente da sua Comissão de Leite,  está na dianteira de todos os processos quevem sendo desenvolvidos para buscar maior competitividade ao setor leiteirobrasileiro, como desoneração de impostos para insumos, controle dasimportações, estabelecimento de acordos internacionais para cotas e preços dasimportações, entre outras ações.

DETI

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