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Justiça suspende liminar que impedia venda e uso de Glifosato

Decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Regional, publicada na manhã desta segunda-feira (3), acatou pedido da União Federal para liberação de produtos à base de Glifosato, Abamectina e Tiram

O desembargador federal Kássio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília, derrubou a liminar que suspendia o uso e a comercialização de produtos que contenham os ingredientes ativos Glifosato, Abamectina e Tiram. Também estavam impedidas as concessões de novos registros de insumos com os compostos em questão. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (3) e atendeu a um pedido da União. Cabe recurso da decisão.

Leia o despacho na íntegra no link serviços do site da FAEP.

A suspensão havia sido determinada no início de agosto pela juíza federal substituta da 7ª Vara do Distrito Federal, Luciana Raquel Tolentino de Moura. O principal argumento para a liminar era de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária devia concluir o processo de reavaliação toxicológica dos produtos em questão.

O juiz lembra que o processo de reavaliação é complexo e que a demora na conclusão do trabalho é compreensível. “Nada justifica a suspensão dos registros dos produtos que contenham como ingredientes ativos abamectina, glifosato e tiram de maneira tão abrupta, sem a análise dos graves impactos que tal medida trará à economia do País e à população em geral, máxime porque os produtos que contém os princípios ativos ora questionados, para obterem o registro e serem comercializados, já foram aprovados por todos os órgãos públicos competentes para tanto, com base em estudos que comprovaram não oferecem eles riscos para a saúde humana e para o meio ambiente, estando em uso há vários anos, sendo a determinação judicial de reavaliação desses ingredientes ativos, situação relativamente comum em tal segmento de produtos, uma vez que, conforme a ciência avança, é necessária a realização de novos testes e estudos para ampliar o conhecimento humano sobre a matéria”, escreve na decisão.

Atuação FAEP

Desde a suspensão, a FAEP acompanhava de perto o processo. No dia 7 de agosto, a Federação enviou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ofício em que pedia uma ação judicial urgente para neutralizar os efeitos suspensivos do comércio e uso de agroquímicos a base de Glifosato, Abamectina e Tiram. Na época, o presidente da FAEP, Ágide Meneguette, enfatiza que a medida vem às vésperas do plantio da safra de verão e que os produtos-alvo da medida judicial são indispensáveis para o plantio de grandes safras, como a da soja.

Desde a última semana, a FAEP e outras instituições estavam esperando uma decisão do Tribunal Regional de Brasília cassando a decisão da 7ª Vara Federal que proíbe o uso de defensivos agrícolas a base de Glifosato, Tiram e Abamectina em todo o país.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP/SENAR-PR. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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