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Informe – SOJA, MILHO E TRIGO – 31/07/2015

Acompanhe a análise econômica das principais commodities agrícolas

Por: Tânia Moreira |Economista do Departamento Téc. e Econômico da FAEP.
SOJA TEM DIA DE ALTA

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Os futuros da soja fecharam em alta da data de ontem, após uma semana que registrou perda de 1%. As altas foram influenciadas por dados de exportações americanas semanais, maiores que o esperado , previsão climática de chuva no meio oeste americano e incerteza em relação a àrea plantada de soja.

Ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou que as exportações semanais americanas da safra velha foram de 416 mil toneladas, ficando acima da expectativas, que tinham limite máximo de até 200 mil toneladas. As exportações para a safra nova, também registrataram um número positivo de 899 mil toneladas. Sites americanos apontaram que a redução do preço da soja nos últimos dias podem ter estimulado a procura pelo produto americano, apesar do dólar alto.

Além disso, a previsão de chuvas no meio oeste americano, para os próximos dias, também ajudou o preço da oleaginosa, já que causa ainda mais incerteza sobre o rendimento e área plantada de soja na próxima safra, no mês de agosto, que é considerado essencial para a cultura.

Incertezas sobre o tamanho da área e exportações maiores, chamam a atenção do mercado em relação a uma possível redução dos estoques. Analistas seguem aguardando o próximo relatório do USDA a ser divulgado em 12 de agosto.tab2

No mercado interno o preço médio recebido pelo produtor paranaense na data de ontem foi de R$ 63,33 por saca. Na semana, o preço médio foi de R$ 62,59 por saca, com 76% da safra comercializada, segundo dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB).

Na CBOT o futuro de maio perdeu 1,02% na semana, com o valor mais alto de US$ 9,49 8por bushel e mais baixo de US$ 9,33 por bushel. Em relação a média de preço de Chicago na semana passada, a perda desta semana para o futuro de maio foi de 3,5%. O câmbio ganhou 0,67% na semana, registrando o máximo de R$ 3,37.

Na data de hoje o futuro de setembro de 2015 perdia ↓0,61% até às 11:02, no valor de ↓US$ 9,585 por bushel. O futuro de maio-16, também registrava perda, cotado a ↓US$ 9,406 por bushel.

 

MILHO TEM GANHO COM EXPORTAÇÃO AMERICANA

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Os futuros do milho tiveram ganho na data de ontem, após cair acima de 2% no dia anterior. Dados acima do esperado em relação às exportações americanas foram positivos e estimularam os preços na data de ontem, além de uma previsão de chuva nos próximos dias.

O mercado segue atento para a divulgação do relatório do USDA de agosto, sendo aguardado o número sobre a produtividade americana das lavouras de milho que estava estimada para 166,8 bushels/acre em julho e que pode ser revisada para menos, em função das chuvas excessivas de junho. Apesar de alguns sites americanos, terem apontado um número até maior que 166,8 bushels/acre.

O futuro de maio -16 na semana perdeu 4,2%, variando entre o máximo de US$ 4,02 por bushel e o mínimo de US$ 3,94 por bushel. Em relação à semana anterior a perda foi de 6,8% em relação a média de maio-16 em Chicago.

No mercado interno, o preço médio recebido pelo produtor na data de ontem foi de R$ 21,35 por saca. Na semana, o preço médio foi de R$ 21,15 por saca. Segundo a SEAB, 39% das lavouras de milho safrinha estão colhidas, com 93% em boas condições e com 25% do produto comercializado.

Na data de hoje o futuro de setembro ganhava ↑0,65% até às 11:06, no valor de ↑US$ 3,75 por bushel. O futuro de maio-16, também registrava ganho, no valor de ↑US$ 4,01 por bushel.

 

TRIGO PREDOMINA A BAIXA

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Os futuros do trigo fecharam predominantemente em baixa na data de ontem, com a expectativa que a produtividade americana da safra de inverno que está sendo colhida, seja melhor que o esperado, apesar de ser menor que na safra passada.

No mercado interno, 100% das lavouras foram plantadas, com 5% comercializado, segundo a SEAB. O preço médio recebido pelo produtor foi de R$ 34,30 por saca, permanecendo abaixo do custo operacional e variável calculado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) no Paraná.

Na Argentina, a Bolsa de Cereales, informou que a semeadura esta quase concluída (97,9%), com previsão de redução de área de 16%, em relação à safra 2014/15.

Na data de hoje o futuro de setembro ganhava ↑0,89% até às 11:08, no valor de ↑US$ 5,01 por bushel.

 
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André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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