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Informe – SOJA, MILHO E TRIGO – 07/05/2015

Leia a análise do departamento técnico-econômico da FAEP sobre as principais commodities agrícolas

Por: Tânia Moreira, economista do Departamento Técnico e Econômico da FAEP.

SOJA EM BAIXA POR CENÁRIO FUNDAMENTAL

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Os contratos futuros de soja na data de ontem fecharam em baixa para maio, agosto e julho pressionados pelos fatores fundamentais de ampla oferta mundial, com colheitas recordes na América Latina.

Os contratos com vencimento mais a frente tiveram um fechamento no lado positivo refletindo o sentimento de uma demanda aquecida para o óleo de soja, e possibilidade de menor troca de área de milho pela soja, com a evolução do plantio da soja.
A menor força do dólar na data de ontem também foi um fator de sustenção, com dados mais fracos da economia americana sobre o número de empregos no mês de abril.

No Brasil, segundo dados da consultoria Safras e Mercados, a colheita está praticamente concluída, com percentual comercializado de 60% da safra, com aceleração dos negócios no mês de abril, mas ainda em ritmo menor que o comercializado na média das últimas cinco safras anteriores de 72%.

No Paraná o percentual comercializado até início de maio, segundo dados da Safras e Mercados foi de 48%, com a colheita concluída. O preço médio recebido pelo produtor na data de ontem, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), foi de R$ 59,37 por saca. No porto de Paranaguá a cotação CIF foi de R$ 68,50 por saca.

Na data de hoje, até às 08:44 o contrato futuro de julho na CBOT operava em queda de 0,15% no valor de US$ 9,81/bushel, com o câmbio em queda de 0,06% cotado a R$ 3,045.

 

MILHO EM ALTA

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Contrariando o cenário fundamental de safrinha brasileira e plantio americano em normalidade, os contratos futuros na data de ontem marcaram alta na CBOT.

A alta no preço do petróleo, bem como o enfraquecimento do dólar na data de ontem deram suporte à recuperação dos preços. Além disso, a alta nas cotações do trigo também exerceram influência sobre o preço do milho.

No mercado interno, o preço médio recebido pelo produtor na data de ontem foi de R$ 20,02 por saca, segundo a Seab, com 98% das lavouras de milho safrinha em boas condições com percentual comercializado de 13% para a safrinha e 43% para o milho da primeira safra, registrando percentual comercializado acima da média dos anos anteriores para a safrinha e em normalidade para a primeira safra.

O custo operacional de produção estimado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) no mês de janeiro foi de R$ 20,36 por saca.

Na data de hoje, até às 08:44 o contrato futuro de julho na CBOT operava em baixa de 0,75% no valor de US$ 3,64/bushel.

 

TRIGO EM ALTA POR PREOCUPAÇÃO COM AS LAVOURAS DE KANSAS

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Nesta quarta-feira os contratos futuros do trigo subiram mais que 2% recuperando a perda da semana.

Uma excursão do Conselho de Qualidade do Trigo de Kansas, maior estado produtor, relatou problemas nas produtividades do trigo, com danos causados pela seca, gelo e doenças nas regiões produtoras. Além disso, o suporte veio também de um corte nas projeções dos estoques canadenses.

No mercado interno o preço médio recebido pelo produtor foi de R$ 35,84 por saca, o que é abaixo dos R$ 37,40 por saca referente ao custo variável de produção calculado pela CONAB no mês de janeiro, e 21% abaixo do custo operacional de produção de R$ 43,91 por saca.

Na data de hoje o contrato de julho na CBOT até às 08:44 operava em baixa de 0,16% no valor de US$ 4,78/bushel.

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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