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Informe – SOJA E MILHO – 20/10/2015

Acompanhe a análise econômica da FAEP sobre a movimentações das commodities

Por: Tânia Moreira |Economista do Departamento Téc. e Econômico da FAEP.

SOJA futuros são sustentados pela demanda

Os futuros da soja encerraram a segunda-feira em queda com perspectivas climáticas de chuvas, favoráveis ao plantio da nova safra no Brasil. Sites americanos estimam que o percentual plantado no Brasil é de 13% acima dos 10% observados no ano passado, mas abaixo da média histórica dos 18% para esta epóca do ano. A estimativa de produção é de 100,0 milhões de toneladas para 2015/16.

Segundo estimativas da consultoria Safras e Mercado, o percentual plantado no Brasil até a semana passada era de 11,2% em relação a média histórica de cinco anos de 15%. No Paraná, o percentual estimado era de 34%, igual a média dos anos anteriores. No Mato Grosso, o percentual plantado era de 13% em relação a média de 23% dos anos anteriores.

Além disso, pelo lado da oferta, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou no final da tarde de ontem que o percentual colhido da safra americana é de 77%, em relação aos 62% da semana passada e aos 68% da média dos últimos cinco anos.

Se pelo lado da oferta os fundamentos pressionam os contratos em Chicago, pelo lado da demanda, a suntenção vem de bons dados de exportação america. O USDA divulgou ontem inspeções das exportações de soja de 2,36 milhões de toneladas de soja, que foram maiores que na semana passada e maiores que no ano passado, considerando a mesma semana. O USDA divulgou também exportações de 238,0 mil toneladas para a China de exportadores privados. E ainda hoje relatou a venda de mais 132 mil toneladas de exportadores privados com destindo a China.

No mercado interno, o preço médio recebido pelo produtor foi cotado a R$ 70,36 por saca, com o câmbio ganhado 0,12%, em função das incertezas da continuidade do ministro Joaquim Levy a frente do Ministério da Fazenda, e das consequências disso para o ajuste fiscal.

Na data de hoje os futuros da soja abriram com ganhos, e até as 10:44 o contrato de novembro-2015 ganhava ↑0,51% cotado a ↑US$ 8,96/bushel. O futuro de maio-2016 era cotado a ↑US$9,08/bushel. O câmbio era cotado a ↓R$ 3,859, perdendo ↓0,66%.

Veja o fechamento de segunda-feira:

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MILHO marca a mínima em cinco semanas

Os futuros do milho encerraram a segunda-feira marcando as mínimas em cinco semanas dado a fraca procura pelo produto americano, aliado ao bom clima para a colheita que permite aceleração dos trabalhos no campo.

As inspeções das exportações americanas de 460 mil toneladas, foram menores que na semana anterior (604 mil toneladas) e menores que no ano passado, no mesmo período (719 mil toneladas). O percentual colhido das lavouras americanas é de 59%, em relação aos 42% da semana passada e aos 54% da média dos últimos cinco anos, com percentual de 68% das lavouras em condições de boas a excelentes.

No mercado interno, o percentual plantado no Brasil é de 53,8% segundo a Safras e Mercado, o que é acima da média da safra anterior 41,9%. No Paraná, o percentual de plantio, segundo a consultoria, é de 79%, em relação à média de 60% da safra passada. No Mato Grosso, este percentual é de 1%, segundo a consultoria.

O preço médio recebido pelo produtor foi cotado ontem a R$ 24,18 por saca, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB).

Hoje até as 10:30 o futuro de maio-2016 era cotado a ↑US$ 3,91/ bushel.

Veja o fechamento de segunda-feira:

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André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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