O Fundode Defesa da Citricultura (Fundecitrus) lança, nesta segunda, dia 28, umacampanha em rádio. A ideia é orientar os citricultores em relação aos cuidadospara prevenir o cancro cítrico – a incidência da doença saltou de 0,14% para0,44% dos talhões em 2010, segundo levantamento realizado pela entidade.
Acampanha conta com dois anúncios diferentes, que serão veiculados durante o mêsde março. Um deles alerta sobre o aumento da doença e dá dicas de como oprodutor deve prevenir. O outro, focado ensina as medidas de combate ao cancrocítrico. A iniciativa será veiculada em 50 rádios, com enfoque para as regiõesonde a incidência da doença é maior.
“Oobjetivo é mostrar ao citricultor que a chegada da doença e sua expansãodepende dos cuidados adotados no pomar. Por isso, é fundamental intensificar asmedidas de prevenção e seguir a legislação vigente”, afirma o gerente doDepartamento Técnico, Cícero Augusto Massari.
ParaMassari, como a doença ficou muitos anos em níveis extremamente baixos, éfundamental que o citricultor treine sua equipe. “Os inspetores de campo podemestar desacostumados a identificarem a doença e lidarem com ela”, diz.
Com oobjetivo de promover a conscientização e a educação fitossanitária deprodutores, o Fundecitrus realizou, em 2010, 644 treinamentos e palestrasespecíficos sobre cancro cítrico, reunindo mais de 13 mil participantes.
Osprodutores interessados em agendar um treinamento ou palestra com a equipe do Fundecitruspodem entrar em contato com a entidade pelo telefone 0800 11 21 55 ou acessar osite www.fundecitrus.com.br.
O cancrocítrico
Causadopela bactéria Xanthomonas citri subsp. citri, o cancro cítrico pode atingirtodas as variedades dos citros.
Ossintomas aparecem em ramos, folhas e frutos. Nas folhas, o primeiro sinal é oaparecimento de pequenas manchas amarelas circulares. Com a evolução da doença,as manchas se tornam marrons, circulares, podendo atingir alguns centímetros dediâmetro. Geralmente, o cancro cítrico induz lesões salientes nos dois lados dafolhas, o que facilita sua diferenciação das demais doenças.
Nosfrutos, a doença se manifesta pelo aparecimento de pequenas manchas amarelas ecirculares, que, aos poucos, crescem e se tornam marrons. As manchas sãosalientes e semelhantes a verrugas. Já nos ramos, é possível identificar lesõespardas em forma de crostas.
Se abactéria estiver presente no pomar, ela pode se espalhar facilmente por meio dachuva, do material de colheita, do trânsito de veículos e máquinas agrícolas etambém pelo próprio colhedor. As lesões provocadas pelo minador do citros,praga comum nos pomares, facilitam a entrada da bactéria nas plantas.
Portanto,o produtor deve estar preparado para verificar a presença da bactéria cominspeções adicionais, além das realizadas para greening. As plantassintomáticas devem ser eliminadas nos termos da legislação vigente. Também deveentrar em contato com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) ou com aCasa de Agricultura mais próxima.
Medidascomo a desinfestação do material de colheita, a pulverização de caminhões eveículos antes de entrar na propriedade e a queima de restos de colheitas, comofolhas, galhos e frutos, são fundamentais para manter a propriedade livre dainfestação do cancro cítrico. A utilização de bins fixos nos limites dapropriedade ou bins plataformas evita o contato de caminhões com as plantas e aproliferação da bactéria.
Osnúmeros no Estado em 2010
Veja aincidência da doença em talhões:
Região |
2010 |
2009 |
Norte |
0,23% |
0 |
Noroeste |
2,55% |
0,87% |
Centro |
0,41% |
0,11% |
Oeste |
0,22% |
0,29% |
Sul |
0,07% |
0,03% |
Asinformações são da assessoria de imprensa da Fundecitrus.
Comentar