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Feijão: cai ainda mais a produção nacional

Por Tânia Moreira, Economista   do DTE/FAEP

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta semana, novo levantamento de produção indicando uma produção ainda menor para o feijão. Se confirmada estas estimativas, a produção nacional será a menor de uma série histórica de doze safras.

No maior estado produtor, a indicação da Conab não é diferente, resultando na menor produção paranaense desde a safra 2004/2005.

Segundo a Conab a produção nacional deve totalizar 2,97 milhões de toneladas contra um consumo nacional estimado de 3,6 milhões de toneladas. A redução da produção em relação à safra passada dever ser de 20,4%.

No Paraná a soma das três safras deve totalizar 705,2 mil toneladas com redução de 14,1% em relação à safra passada. O estado deve ser responsável por 24% da produção nacional nesta safra. A perda de produção em função da estiagem que afetou a 1ª safra de feijão prejudicou significativamente o potencial produtivo do estado acarretando um prejuízo financeiro aos produtores de R$ 115 milhões.  A 2ª safra também foi prejudicada no início do plantio.

A maior redução na produção de feijão, nesta safra, deve ser na região Nordeste, importante região produtora, com redução de 66% em função da severa seca.

Os preços médios recebidos pelos produtores paranaenses para o feijão de cor seguem elevados (R$ 153,26/sc), com desvalorização em relação ao mês de abril (R$ 169,31) devido ao avanço da colheita que já totaliza 51% da área plantada do feijão de 2ª safra, segundo dados da SEAB.

Na contramão os preços do feijão preto seguem em valorização, com preço médio recebido pelos produtores de R$ 96,81/sc contra R$ 85,17/sc no mês de abril. Isto porque o dólar a R$ 2,03 freia as importações do feijão preto que neste ano, devido à situação de menor oferta, tem grande possibilidade de aumentar, mas com o dólar neste patamar não são competitivas por enquanto. Assim o preço do feijão preto segue mais alto.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os consumidores já sentem a alta do feijão tendo subido no mês de maio 9,10%.

A oferta menor, principalmente, e a valorização do dólar, por enquanto, são fatores que mantem os preços do feijão mais elevados neste ano. A oferta menor deve continuar afetando os preços, principalmente do feijão de cor.

Com um consumo médio nacional de 3,7 milhões de toneladas, estimado pela Conab, a produção total de 2,97 milhões de toneladas será insuficiente abrindo espaço para as importações.

 

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