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Exportações do agronegócio paranaenses cresceram 28% em 2011

Por Gilda Bozza, economista da FAEP

Os dados da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura (MAPA) mostram que de janeiro a outubro de 2011, as exportações do agronegócio paranaense cresceram 28%, passaram de US$ 8,38 para US$ 10,75 bilhões em relação ao mesmo período de 2010. A participação do agronegócio paranaense nas exportações totais do Paraná representa 74%.  Os principais agregados (complexo soja, carnes, sucroenergético, produtos florestais) somam US$ 9,12 bilhões, representando 85% da pauta das exportações do agronegócio estadual.

As exportações totais do Paraná, no acumulado janeiro-outubro de 2011, apontam uma elevação de 23% sobre igual período de 2010.  Passaram de US$ 11,87 para US$ 14,58 bilhões. As importações somaram US$ 15,33 bilhões. O dólar mais baixo favorece as importações, notadamente de produtos de maior valor agregado.  Com isso, o saldo da balança comercial paranaense foi deficitário em US$ 756 milhões. É o que apontam os dados da Secretaria do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do MDIC.

 

Complexo Soja (grão, farelo, óleo bruto e refinado).

No período em análise, o complexo soja (grão, farelo, óleo bruto e óleo refinado), apontou uma elevação na receita 38%, passou de US$ 3,52   para US$ 4,86 bilhões. Já as exportações de soja em grão, carro chefe das exportações paranaenses, cresceram em função do maior preço no mercado internacional (28%, passando de US$ 376,30 para US$ 483,00 por tonelada).   Com isso, a receita somou US$ 3,04 bilhões contra US$ 2,33 bilhões em igual período de 2010.  O volume embarcado teve um crescimento residual passando de 6,1 para 6,3 milhões de toneladas. Com relação ao farelo de soja, a receita foi 45% superior, somando US$ 1,2 bilhão e o volume exportado foi de 2.9 milhões de toneladas. O segmento de óleo bruto registrou um crescimento de 67% na receita, passando de US$ 302 para US$ 506 milhões, alavancado pelo maior preço e maior quantidade comercializada.   Quanto ao  óleo refinado, o aumento foi de 86% passando de US$ 57 para US$ 106 milhões e volume embarcado de 62 para 84 mil toneladas.

Complexo Carnes (bovina, aves, suína e outras) – O agregado  carnes (aves, bovina, suína e outras) aponta um crescimento da receita de 14%, relativamente ao acumulado janeiro-outubro de 2010.    Passou de US$ 1,68 para US$ 1,92 bilhão, tendo como pano de fundo a elevação dos preços da carne no mercado internacional. As exportações de carne de frango (in natura e industrializada) passaram de US$ 1,28 para 1,52 bilhão, ou seja, um aumento de 19%. Já as exportações de carne suína somaram US$ 128 milhões, um crescimento de 14% no período analisado (US$ 112 milhões). Nas exportações de carne bovina a receita obtida foi menor em 26%, caindo de US$ 62 milhões para US$ 46 milhões.

Complexo Sucroalcooleiro (açúcar e álcool) – O agregado sucroenergético registrou exportações de US$ 1,35 bilhão contra US$ 1,00 bilhão em igual período de 2010 (crescimento de 34%), alavancadas pelas exportações de açúcar.  A receita com o açúcar somou US$ 1,21 bilhão, crescimento de 48%, passando de US$ 819 milhões para US$ 1,21 bilhão, tendo como pano de fundo o aumento do preço do açúcar no mercado internacional e o maior volume comercializado. As vendas externas de álcool caíram de US$ 190 milhões para US$ 140 milhões e o volume exportado caiu de 298 mil toneladas para 166 mil toneladas.

Cereais, Farinhas e Preparações – As exportações de milho em grão via Porto de Paranaguá totalizaram US$ 302 milhões e uma quantidade embarcada de 1,07 milhão de toneladas. Houve queda no volume comercializado relativamente ao igual período de 2010, quando foram exportadas 1,39 mil toneladas e a receita gerada foi de US$ 269 milhões. O preço mais elevado no mercado internacional favoreceu até setembro a comercialização do produto, após este período os preços declinaram e as exportações deixaram de ser atraentes.

Principais Mercados – Por destino das exportações é importante ressaltar o crescimento do comércio internacional para os mercados: Canadá (125%); Bangladesh (120%); Uruguai (104%); Egito (83%); Japão (72%); Espanha (66%); Rússia (61%); Emirados Árabes (54%); Arábia Saudita (45%); Países Baixos – Holanda (40%). Já as exportações foram negativas para os mercados do Reino Unido (-21%); Alemanha (-10%); e Coréia do Sul (-6%).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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