Sistema FAEP/SENAR-PR

Estoques cheios, bolso vazio

Diante do cenário desanimador, produtores buscam informações de como as cotações dos principais produtos do agronegócio paranaense irão se comportar

A lei da oferta e procura, que determina os preços do mercado, tem tirado o sono dos produtores paranaenses. Nos últimos 12 meses, com estoques de passagem em alta em função das boas produtividades aqui e lá fora e o consumo em baixa em função da crise econômica, as cotações dos oito principais produtos da agropecuária estadual (soja, milho, trigo, feijão, frango, suíno, boi e leite) registraram redução. Basta ver o milho, cultura com peso significativo na economia estadual, pelo fato do Paraná ser o segundo maior produtor do país. No período entre outubro de 2016 e o mesmo mês deste ano, o grão teve queda de 34,8% no preço pago ao agricultor.

Sem exceção, a cotação deste pacote de produtos, que somados representam 64% do Valor Bruto de Produção (VBP) do setor, teve queda no intervalo de 12 meses, segundo levantamento da Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura (Seab). Cenário que gera preocupação e, mais que isso, exige um esforço extra da porteira para dentro para fechar as contas no azul.

Para piorar o cenário, as projeções dos analistas e técnicos ouvidos pela reportagem do Boletim Informativo da FAEP não são animadoras. Diante da possível concretização de uma nova safra cheia de grãos no Paraná, acompanhada de boa temporada nacional e nos Estados Unidos, principais expoentes da agricultura mundial, aliada a eficiência estadual nas proteínas, que bate consecutivos recordes de produção, os preços devem “caminhar de lado”, e, em alguns segmentos, podem cair ainda mais.

Leia a previsão de preços para cada atividade aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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