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Especialistas em produção participam da reunião da Comissão de Leite da FAEP

Quatro profissionais e técnicos de cooperativas apresentaram sugestões aos produtores com foco na gestão da propriedade

No último dia 16 de fevereiro, a Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite reuniu, na sede da FAEP, cerca de 40 produtores, especialistas em mercado e produção leiteira para apresentar estratégias de enfrentamento da crise causada pelo aumento de custos de produção e os preços do leite pagos ao produtor.
Quatro profissionais, que atuam no mercado paranaense, em cooperativas e como consultores e técnicos apresentaram sugestões com foco na gestão da propriedade.

A opção apresentada pelo engenheiro-agrônomo e consultor da B&M Consultoria, José Manuel de Mendonça, de Cascavel foi o controle estratégico do rebanho, dos custos e da comercialização. “O produtor precisa ter uma assistência técnica que seja comprometida com resultados econômicos, financeiros, zootécnicos e agronômicos. É impossível fazer uma coisa isolada da outra”, explica.

Atualmente a B&M Consultoria acompanha cerca de 200 propriedades rurais que produzem leite na região Oeste do Estado. Mas um fato preocupante é a dificuldade que o produtor tem de registrar suas rotinas. “Do total de propriedades acompanhadas apenas 100 adotam o acompanhamento de gestão. Para se ter uma noção da resistência do produtor em ter novos hábitos é o fato da maioria deles ser fornecedor de um grande laticínio da região e não aceitar fazer as planilhas, nem mesmo recebendo do laticínio para isso”, lamenta.

Mendonça orienta ainda que não basta apenas fazer o registro dos dados das etapas e custo de produção é preciso reverter essas informações em indicadores e índices e na sequência em ações práticas na propriedade. “A partir dai o produtor terá condições de saber onde está e como pode melhorar sua produção obtendo o maior retorno financeiro da sua atividade”, finaliza.

O médico-veterinário e assistente técnico da Cooperativa Witmarsum, Edilson José Vieira, enumerou alguns tópicos que podem ajudar o produtor a identificar as falhas da porteira para dentro. São eles: dias de lactação de cada animal; descarte; qualidade do leite produzido; saúde do casco; eficiência de mão de obra e produção em escala.

O gerente de Produção Agropecuária da Emater Paraná, Hernani Alves da Silva apresentou os grandes desafios dos pequenos produtores de leite no Estado, que segundo ele tem como maior problema a falta de assistência técnica.

O quarto palestrante foi o gerente de Negócios leite da Cooperativa Castrolanda, Henrique Costales Junqueira, que foi enfático. “Em qualquer tempo, de crise ou não, o produtor tem sempre que aumentar sua eficiência em todos os processos. Além dessa postura ele precisa aprender a trabalhar em separado dois itens: custo de produção e fluxo de caixa”.

De acordo com Junqueira a uma tendência do produtor em misturar as duas coisas. No curto prazo ele orienta o produtor a apertar o processo de avaliação do rebanho e ficar apenas com os animais que tem maior índice de produtividade. “Como não há uma receita única de solução se o produtor for crítico em relação a sua propriedade verá que sempre existem muitas oportunidades de melhoria dentro da porteira”, finaliza.

O tema foi sugerido pela produtora rural e integrante da comissão Lisiane Rocha Czech, presidente do Sindicato Rural de Teixeira Soares. “Muitos produtores estão desistindo da atividade e o que é pior vendendo seus animais para pagar contas. Uma situação muito preocupante”, concluiu.

 

 

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