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Deral aponta tendência de alta no preço da arroba bovina

Há aproximadamente 15 dias o preço da arroba do boi se mantém entre R$ 97 e R$ 99, e pode chegar a R$ 100 para o pagamento em 30 dias. Mas os valores podem subir, se a previsão do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), se confirmar.

De acordo com avaliação do escritório regional da Seab em Paranavaí, o aumento do salário mínimo de R$ 622 para R$ 678 e as mudanças na carga horária dos motoristas de caminhão devem encarecer toda a cadeia produtiva, desde o adubo das pastagens até o preço final da carne em todo o território nacional, sem, necessariamente, aumentar a rentabilidade dos produtores rurais.

Para o engenheiro agrônomo e pecuarista Marcel Thuronyi se o preço da arroba bovina subir por causa da possível alta no transporte, outros produtos também serão influenciados. "A logística do transporte rodoviário afeta não só a pecuária, mas todos os mercados".

No entanto, Thuronyi não vislumbra a possibilidade de alta. "Estamos no pico do verão, com máxima produção de capim", diz, destacando que os gastos com alimentação do gado são menores do que em outras épocas do ano, quando é preciso investir na compra de ração para o rebanho.Além disso, o engenheiro agrônomo e pecuarista afirma que a população bovina é suficiente para atender a demanda interna. "Não há posição de falta de mercadoria".

Um dos fatores é a redução na exportação da carne nacional. "O mercado externo está travado por causa da maldita vaca louca inexistente", ressalta, referindo-se à desordem cerebral que leva os animais à morte. É que em 2010 sintomas da doença foram detectados em rebanhos brasileiros, mas a existência da vaca louca não foi comprovada.

CENÁRIO ATUAL – Thuronyi compara a criação de rebanhos bovinos com outras culturas fortes em Paranavaí e região. "Diante da cana-de-açúcar, da mandioca e do milho, a pecuária tem menor rentabilidade".
A explicação está na falta de tecnologia aplicada em todo o processo de criação dos animais. "As culturas que têm maior possibilidade de investimento em tecnologia de ponta saem na frente, porque a produção é maior".

Quando o parâmetro de comparação são outros tipos de carne, o engenheiro agrônomo e pecuarista defende que a bovina tem levado vantagem, uma vez que o custo para alimentação de aves, porcos e peixes está mais alto do que a manutenção das pastagens para o gado, o que reflete no preço final dos produtos.

Diário do Noroeste – PR – Paranavaí/PR

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