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Custos de produção de aves e bovinos sobem em 2014

As informações são da Embrapa que aponta um acúmulo de alta no ano de 2,36%

boi-pasto-cruza-nelore-charoles-(3)Pecuaristas e avicultores têm passado por um 2014 mais caro dentro de suas propriedades, quando avaliados os custos de produção de ambos os mercados. De acordo com dados da Central de Informações de Aves e Suínos (Cias), da Embrapa, o Índice dos Custos de Produção do Frango (ICPFrango) acumula uma alta no ano de 2,36%, apoiada pelos aumentos dos preços dos pintos de um dia (3,41%) e transportes (1,11%). Nos últimos 12 meses, desde junho de 2013, o índice teve variação de 15,24%. O ICPFrango/Embrapa é referente aos custos de produção no Paraná, maior produtor de frangos do País, para o aviário tipo climatizado em pressão positiva, modelo referencial de produção.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, os produtores notaram aumento este ano “até maior do que o divulgado pela Cias”. “A inconstância do mercado mundial fez com que os preços dos insumos não retraíssem como esperávamos”, explica.

Outro ponto que, segundo ele, influenciou nos custos foram os investimentos em ambiência, o que causou o aumento no consumo de energia elétrica nas granjas. “O incremento do salário mínimo também impactou, principalmente porque temos alguns serviços terceirizados. De qualquer forma, o consumidor ainda não sentiu esse repasse, porque vivemos uma fase de aumento da produção, balizada na engorda maior das aves no inverno, mas sem um aumento significativo no consumo”, complementa Martins.

Já no caso da pecuária, os custos da produção subiram no primeiro trimestre do ano em razão da alta nos preços dos bezerros, suplementação mineral e reajustes salariais. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), junto ao Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o Custo Operacional Efetivo (COE), que engloba os gastos do dia a dia, subiu 5,52%. Os dados estão no boletim Ativos da Pecuária de Corte, elaborado pelas entidades, que apontam o aumento médio do preço do bezerro de 11,93%, a alta de 2,31% nas despesas com suplementação mineral e o reajuste salarial, que teve incremento de 6,78%. Juntos, os três itens representam 82% do COE.

Segundo informações do levantamento, uma das justificativas para a alta foi a restrição de animais para abate, o que influencia também os preços dos animais de reposição: os bezerros. A seca atípica foi outro fator que provocou o incremento dos custos de produção, pois reduziu as pastagens e o produtor teve de aumentar o uso da suplementação mineral para suprir a ausência de chuvas. O reajuste do salário mínimo em janeiro também pesou no COE.

O técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) Fábio Mezzadri relata que todos os itens apontados no levantamento são significativos. “Como não havia tanto pasto, os pecuaristas tiveram que suplementar os animais e o preço do milho, por exemplo, estava alto. Já a valorização do bezerro é justificada pela falta de oferta de animais. O descarte normal de fêmeas gira em torno de 20%, mas atualmente o percentual no Estado está na casa dos 50%, retraindo o mercado”, complementa Mezzadri.

Suínos
Se o cenário não é tão positivo para os produtores de aves e bovinos, para os suinicultores a situação é um pouco mais favorável. O ICPSuíno, da Cias/Embrapa, aponta que os custos de produção desta cadeia produtiva registraram queda de 2,8% em 2014, influenciada principalmente pela nutrição (retração de 3,24%) e gastos com sanidade dos animais (-0,15%). Nos últimos 12 meses, o acumulado do ICPSuíno aponta alta de 8,45%.
Fonte: Folha de Londrina – 24/06/2014

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