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Conservação do solo

"Quem usa, cuida!". Esse foi o tema do seminário sobre conservação de solos realizado nesta quarta-feira (17), em Cascavel. Desde que entrou em vigora Resolução Nº 172/2010, os produtores rurais passaram a questionar afiscalização em relação ao uso do solo. Da mesma forma, houve umavanço na eliminação dos terraços nas propriedades rurais, aumentando a incidênciade erosão em solos paranaenses.
 No evento – promovido pela FAEP com o apoio do IAPAR, SEAB, Emater, CREA-PR, Sindicato Rural de Cascavel e a Faculdade Assis Gurgacz (FAG), foi debatido e orientado aos produtores rurais sobre a importância do uso do terraço em sistema de plantio direto. "Essa integração de entidades públicas e privadas promoverá uma intensa mobilização em relação às práticas conservacionistas do solo. É importante discutirmos e orientarmos os produtores sobre a necessidade da conservação da sua área. Quem trabalha, protege!", disse o presidente do Sindicato Rural do Município, Paulo Roberto Orso.

Durante o seminário, o secretário estadual da Agricultura, Erikson Chadoha, lembrou que, na década de 80, o Paraná era referência nacional ao uso adequado do solo em sistema de plantio direto. "O estado já foi exemplo nacional e não podemos deixar de preservar e conservar o solo de maneira adequada, dentro da legislação", afirmou.

Com o tema "Assistência Técnica Oficial e Manejo de Solos do Paraná", o coordenador estadual da cadeia produtiva de grãos da Emater, Nelson Harger, destacou, em sua palestra, que é preciso reorganizar ações em relação ao manejo correto do solo. "O produtor, muitas vezes, não observa a quantidade de nutrientes que perde no solo quando ocorre uma chuva mais forte. O ideal é manter o terraço, ter a consciência de que ele é necessário para evitar perdas ao solo", avaliou.

O engenheiro agrônomo do IAPAR, Rafael Fluentes Lanillo, enumerou os benefícios do Sistema de Plantio Direto (SPD) com a palestra "Terraceamento e Plantio Direto no Paraná". Segundo ele, para que a técnica evite perdas ao solo, deve ser feito um mínimo revolvimento do solo e uma cobertura permanente de palha. Além disso, de acordo com Fluentes Lanillo, o agricultor precisa fazer a rotação de culturas. Para alternar o plantio, por exemplo, ele sugere usar 1/3 de milho no verão junto a 2/3 de soja.  O engenheiro destacou ainda que o terraceamento aplicado, junto ao plantio direto, serve para diminuir os problemas com erosão. "Sem terraço, não dá! Essa foi a conclusão do estudo do IAPAR", disse.
Na avaliação do presidente do Sindicato Rural de Cascavel,Paulo Roberto Orso, o balanço do seminário foi positivo. "Esse é o primeirodebate que realizamos sobre a conservação de solos. No ano que vem com ainiciativa da FAEP, junto às entidades parceiras, promoveremos mais eventoscomo este", destacou.    

Legislação
Em sua palestra, Manoel Luiz de Azevedo, coordenador estadual pela área de fiscalização do uso do solo agrícola da SEAB, afirmou que a Resolução Nº 172/2010 vai reforçar a fiscalização em relação às demais normas do uso do solo. Segundo ele, a norma propiciará aos agentes de fiscalização exigir do produtor rural, a implementação das obras e práticas de manejo do solo para o controle do processo erosivo. O produtor que se recusar a seguir a determinação pode ser notificado.

Para o presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Paludo, o agricultor está preocupado com a aplicação da resolução. "Nós estamos com muitas dúvidas em relação à fiscalização. Como ela vai ser feita agora?", questionou.

O evento contou com a presença de presidentes dos sindicatos rurais da região, produtores rurais e estudantes da FAG.

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