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Clima mais ameno pode incrementar safra de laranja no Paraná

Florada nos pomares de variedades precoces já iniciou no Estado; ciclo anterior teve quebra de 10%

Principal atividade de fruticultura no Paraná, a florada nos pomares de laranja já iniciou no Estado, principalmente no que diz respeito às variedades precoces. Apesar da colheita da safra 2015/16 começar apenas em julho, é momento dos produtores estarem atentos. O motivo é que a estiagem de janeiro e fevereiro do ano passado foi a principal responsável por uma possível quebra de safra no período 2014/15. A previsão é que tenham sido colhidas 894,7 mil toneladas da fruta na última temporada.

Os números do Departamento de Economia Rural (Deral) ainda não estão fechados, mas a estimativa é de uma retração de aproximadamente 10% no ciclo que fechou em dezembro. Para o novo período, os climas um pouco mais amenos até o momento tranquilizam o produtor, que busca uma retomada de produtividade.

Os últimos levantamentos divulgados pelo Deral referem-se à safra 2013/14, com produção que girou em média em 994,2 mil toneladas de laranja. De forma geral, a produção vem crescendo desde 2008. “A última quebra percentual está ligada à seca do início do ano passado. Em relação ao Greening (doença que ataca os pomares), acredito que os produtores paranaenses estão bem conscientes, e buscam as recomendações sanitárias adequadas”, explica o técnico do Deral especializado em fruticultura, Paulo Andrade.

Para as floradas e colheita que estão por vir, Andrade comenta que analisou relatórios dos técnicos que estão em campo nas regiões Norte e Noroeste – que correspondem a 80% do que é produzido no Estado – e o que viu são climas mais arrefecidos que em 2014. “O que esperamos também é uma regularidade das chuvas para que todas as floradas (precoces, meia-estação e tardias) tenham êxito”, complementa ele.

No que diz respeito a preços, o que se vê é uma estabilidade no Estado nos últimos anos. Em 2014, os valores oscilaram entre R$ 8,50 a R$ 10 entre os meses de janeiro e novembro para a caixa de 40,8 kg da fruta, dando apenas um grande pico em dezembro, quando chegou a R$ 16. “Este ponto fora da curva pode estar ligado a uma falta de produto no final da safra, e algumas laranjas que seriam destinadas ao mercado de frutas acabaram indo para a indústria”, explica o técnico do Deral.

Mas será que esses preços médios – aqui no Paraná pagos principalmente pelas cooperativas – têm atendido aos produtores? Não há números oficiais do Deral, mas de acordo com informações de associações de produtores e consultorias de mercado do País, o custo de produção atual gira em torno de R$ 13 por caixa.

A cooperativa Integrada, por exemplo, possui uma planta industrial de processamento de suco de laranja localizada em Uraí. Os números ainda não estão fechados, mas na safra 2014/15 o processamento deve girar em torno de 1,3 milhão de caixas, alta de 73,3% comparado ao período anterior. A cooperativa pagou antecipado aos 120 cooperados R$ 8 por caixa, além de um complemento ainda não estipulado, que deve ser divulgado aos produtores no final de fevereiro. “Serão aproximadamente 4 mil toneladas de suco concentrado. Eu acredito que aqueles produtores tecnificados e com alta produtividade estão satisfeitos com os valores pagos, principalmente aqueles que ultrapassam a média produtiva de 2,5 caixas por pé”, explica o gerente industrial da unidade, Paulo Rizzo.

Para o técnico do Deral, Paulo Andrade, no Paraná produtor e indústria trabalham em conjunto, já que boa parte é formada por cooperados, o que deixa os preços estabilizados e diminuem os confrontos, como acontece em São Paulo, maior produtor de laranja do País.

 

Fonte: Folha de Londrina

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