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Ciclo de preços na pecuária de corte

Apesar de atravessarmos um momento de redução de preços decorrente da melhoria da oferta de animais para abate, a convulsão política e econômica tem contaminado o mercado da carne bovina como um todo

Por Guilherme Mossa de Souza Dias, zootecnista DTE/FAEP

A pecuária nacional atravessou períodos de sucessivos recordes históricos para a cotação nominal da arroba do boi gordo em 2015 e 2016. A escassez de animais para abate, associada ao acesso a mercados importadores contribuiu para um cenário de valorização da arroba, provocando a retenção de matrizes e altos investimentos na produção de bezerros, que também apresentaram os maiores valores da série histórica no período.

O ciclo de preços na pecuária de corte dura em torno de quatro anos, período no qual a produção se adapta às condições de preços ofertados, com os estoques de animais a campo se ajustando conforme a demanda do mercado. Apesar de atravessarmos um momento de redução de preços decorrente da melhoria da oferta de animais para abate, a convulsão política e econômica provocada pelo desenrolar das operações Lava Jato, Carne Fraca e Bullish, da Polícia Federal, tem contaminado o mercado da carne bovina como um todo.

A concentração da capacidade industrial em empresas ligadas a escândalos, sejam eles políticos e/ou sanitários, agrava o cenário de redução de preços pagos ao produtor, no qual a suspensão dos abates em função de embargos provocados a carne brasileira, no caso da exportação, culmina no “travamento” do mercado. Tal fato, pode ser verificado no gráfico abaixo, que traduz as cotações da arroba em âmbito nacional, conforme as cotações do Cepea.

Leia o artigo completo aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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