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Chicago já reflete eventual enxurrada

Diminuição das preocupações com o clima nas regiões produtoras dos EUA e entrada da produção argentina no mercado pode derrubar preços da soja para US$ 9 o bushel

A perspectiva de que os produtores argentinos tenham que desovar seus estoques de soja tornou-se tema de conversas nos corredores da bolsa de Chicago. A possibilidade de uma oferta mais elevada que o esperado está reduzindo o ímpeto comprador em relação aos contratos futuros do grão, que ontem fecharam com leve alta ante as expectativas com o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser divulgado hoje. Os papéis de segunda posição fecharam a US$ 9,765 o bushel, alta de 0,25 centavo.

O eventual aumento da oferta já pressiona o mercado físico na Argentina. Ontem, na praça de San Martín, a soja foi negociada a 1.880 pesos a tonelada (US$ 215,10), segundo a Bolsa de Rosário. Foi o menor preço mundial em dólar entre os mercados físicos de soja, segundo Stefan Tomkiw, analista da consultoria Jefferies Bache, sediada em Nova York.

O barateamento do grão argentino chamou a atenção de alguns compradores chineses, que estão considerando adiar ou até cancelar carregamentos do Brasil e trocá-los por cargas do país vizinho, segundo Pedro Dejneka, da consultoria AGR Brasil, em relatório.

Por enquanto, a perspectiva da entrada da safra velha argentina no mercado tem somente limitado compras na bolsa de Chicago, segundo Tomkiw.

Para o analista, uma diminuição das preocupações com o clima nas regiões produtoras dos Estados Unidos, aliada à entrada da produção sul-americana no mercado pode derrubar os preços para perto de US$ 9 o bushel.

Fonte: Valor Econômico

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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