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Cereal lidera os comunicados de prejuízo

Ainda é impossível saber exatamente a extensão dos danos provocados pelas geadas de julho no Centro-Sul do país à agricultura, mas as primeiras informações recebidas pelo Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre sinalizam que elas serão menores do que se esperava, ainda que consideráveis. Luis Carlos Guedes Pinto, diretor-geral de seguro rural do conglomerado, informou que o número de comunicações de perdas recebidas confirmam que os principais afetados foram os produtores paranaenses de trigo.

Somando-se as carteiras da Mapfre e do BB, foram 1.172 sinistros nesse grupo até o dia 6 de agosto, com perdas estimadas em R$ 18,664 milhões. Em seguida aparecem os triticultores paulistas, com 736 sinistros e estimativa de prejuízo de R$ 5,920 milhões. Milho safrinha e café também foram afetados nos dois Estados. Em Mato Grosso do Sul, houve problemas com o milho safrinha. No total, as perdas dos agricultores segurados são inicialmente calculadas em quase R$ 28 milhões.

As seguradoras ainda não conseguem calcular com exatidão as perdas porque os peritos do grupo no momento estão checando os comunicados e esse trabalho tem de ser repetido durante a colheita. No caso do milho safrinha e do café, as colheitas estão em andamento, mas no do trigo os trabalhos só começarão a ganhar força em setembro. Guedes Pinto, que é ex-ministro da Agricultura, afirma que o cenário é menos grave do que o provocado pela severa estiagem na temporada de verão da safra 2011/12 na região Sul. No Paraná, lembra, a taxa de sinistralidade foi inclusive superior a 100%.

O Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre é líder do mercado de seguro rural privado no país. Fechou 2012 com arrecadação de quase R$ 700 milhões em prêmios, equivalente a um market share superior a 70%. Esse mercado conta com apoio do governo federal, que subsidia os prêmios pagos pelos agricultores.

Para a safra 2013/14, cujo plantio de grão terá início em setembro, há um compromisso do governo de destinar às subvenções R$ 700 milhões. Em 2012/13, foram anunciados inicialmente R$ 400 milhões, mas o total empenhado chegou a cerca de R$ 900 milhões em virtude de problemas climáticos no Sul e no Nordeste.

Para manter o avanço no segmento, o grupo pretende ampliar para milho e café o seguro de preços que já oferece há dois anos para os produtores de soja e expandir a cobertura na pecuária. Nesse segmento, a companhia costura um seguro de vida para os rebanhos que não necessite da subvenção do governo.

As adversidades têm ajudado a sustentar as cotações especialmente do trigo. Segundo a Ocepar, entidade que representa as cooperativas do Paraná, a saca de 60 quilos do cereal subiu 56% em julho sobre o mesmo mês de 2012. Em agosto, a alta já chega a 51% na comparação com igual intervalo de 2012.

Valor Econômico

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