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Caminhoneiros bloqueiam rodovias em nove Estados

O Paraná registrou a maior concentração de caminhoneiros parados, ocupando 22 pontos de estradas. Em cada trecho há, no mínimo, 100 caminhões, segundo as polícias

Em protesto contra a alta dos preços dos combustíveis, dos pedágios e dos valores dos tributos sobre o transporte, caminhoneiros bloqueiam parcialmente ao menos 38 pontos em rodovias estaduais e federais do Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul neste domingo (22). Caminhões de carga, exceto cargas vivas, de ração e de leite, estão parados nos acostamentos.

São 9 Estados afetados nesta manhã, e o movimento continua se espalhando.

Sta. Catarina é o Estado mais afetado. As informações sobre os pontos de bloqueios foram obtidas nas polícias rodoviárias estaduais e federais.

A intenção é que o movimento, que começou na quarta-feira (18) no Paraná e em Santa Catarina, seja expandido para o resto do país ao longo da semana, de acordo com Tobias Brombilla, diretor da Associação dos Caminhoneiros de Rodeio Bonito (RS).

“O setor de transporte de carga está passando por uma crise histórica, sem que os caminhoneiros consigam ter retorno”, afirmou. Segundo ele, os caminhoneiros do Rio Grande do Sul iniciaram a paralisação neste domingo durante a manhã e os caminhões deverão ser liberados para seguir viagem à noite.

De acordo com as polícias, mesmo com o protesto, os demais veículos não enfrentam problemas nas estradas, já que o bloqueio é parcial.

O Paraná registrou a maior concentração de caminhoneiros parados, ocupando 22 pontos de estradas. Em cada trecho há, no mínimo, 100 caminhões, segundo as polícias. Em São Miguel do Oeste, por exemplo, havia 300 caminhões parados, de acordo com Vilmar Bonora, um dos líderes do movimento no Estado.

Ainda segundo ele, caminhões que transportam combustível também estão parados, o que já está causando prejuízos no município; até a tarde, três postos estavam sem combustível nas bombas. “Só passa caminhão que leva [combustível] para ambulâncias e bombeiros. O resto, fica”, afirmou.

Os caminhoneiros também pedem para que seja criada uma tabela de preços do frete baseada no km rodado e reclamam da jornada de trabalho implantada em setembro do ano passado, que fixou em oito horas diárias e um adicional de duas horas extras.

Odi Antônio Zani, um dos líderes do movimento em Palmeira das Missões (RS), afirmou que os caminhoneiros estão registrando, em média, queda de 30% no faturamento mensal por causa da lei.

“Eu tinha três caminhões rodando as estradas e faturava R$ 120 mil mensais no total. Tive de vender um caminhão e meu faturamento caiu para R$ 68 mil”, afirmou.

As paralisações devem continuar nesta segunda-feira (23), de acordo com os caminhoneiros.

Fonte: Folha de S. Paulo – 23/02/2015

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