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Brasil cai 20 posições em ranking de infraestrutura

 Na listagem feito pelo F?rum Econ?mico, qualidade das estradas est? entre as 25 piores

A qualidade da infraestrutura brasileira piorou em rela??o ao resto do mundo pelo segundo ano consecutivo. Desta vez, no entanto, o Pa?s despencou 20 posi??es no ranking global de competitividade do F?rum Econ?mico Mundial, de 84? para 104? lugar. Em 2010, j? havia perdido tr?s coloca??es por causa da lentid?o do governo para tirar projetos importantes do papel.

A tend?ncia n?o ? nada animadora. Na avalia??o de especialistas, com a paralisia verificada em algumas ?reas este ano a situa??o tende a piorar. ? o caso da malha rodovi?ria. No ranking mundial, elaborado com base na opini?o de cerca de 200 empres?rios nacionais e estrangeiros, a qualidade das estradas brasileiras caiu 13 posi??es e est? entre as 25 piores estruturas dos 142 pa?ses analisados.

A preocupa??o ? que, depois dos esc?ndalos de corrup??o no Minist?rio dos Transportes, muitas obras est?o paralisadas. Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foram suspensos 41 editais, que est?o sendo liberados de acordo com a prioridade do minist?rio.

O ?rg?o destaca, entretanto, que esses processos estavam em diferentes est?gios, alguns na fase anterior ? abertura das propostas. Apesar disso, afirma que conseguiu executar R$ 1,2 bilh?o em agosto. Mas ser? preciso bem mais energia para melhorar a posi??o no ranking mundial, avalia o consultor para log?stica e infraestrutura da Confedera??o Nacional de Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet.

Ele destaca que j? esperava essa piora do Pa?s em rela??o ao resto do mundo. "A economia brasileira est? crescendo e a infraestrutura est? estagnada, em deteriora??o." Um dos pontos cr?ticos, na opini?o do executivo, ? o sistema portu?rio, que recebeu nota de 2,7 pontos (quanto mais pr?ximo de 1, pior). Com isso, a qualidade dos portos brasileiros caiu sete posi??es e est? entre os 13 piores sistemas avaliados pelo F?rum Econ?mico Mundial. Entre todas as ?reas, os portos ocupam a pior posi??o, 130?.

"Precisamos dar um salto na infraestrutura, tanto em quantidade como em qualidade", destaca o diretor executivo da Associa??o dos Usu?rios dos Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa. Segundo levantamento feito por ele, hoje h? uma demanda no Pa?s para construir 29 terminais de cont?ineres. Mas, por enquanto, n?o h? iniciativas para transformar esses n?meros em realidade.

Em Salvador, exemplifica Villa, s? existe um terminal de cont?iner, que est? sendo ampliado. H? projeto de uma nova ?rea dentro do porto p?blico, mas a Ag?ncia Nacional de Transportes Aquavi?rios (Antaq) deu 36 meses para fazer a licita??o. "J? se passaram 14 meses e at? agora n?o vi nada. S? a amplia??o do atual terminal n?o ser? suficiente para atender a demanda das empresas, que tem buscado portos do Sul e Sudeste para exportar seus produtos", diz ele.

Fayet, da CNA, completa que a situa??o ? semelhante, se n?o pior, no Norte do Pa?s. "Em Bel?m, a capacidade de exporta??o ? zero; em S?o Luiz, o limite de 2 milh?es de toneladas n?o muda h? 18 anos; e em Santar?m, o volume ? o mesmo h? dez anos. N?o houve nenhuma expans?o em uma ?rea que poderia atender a expans?o do agroneg?cio."

Lentid?o. A maior cr?tica ? que, apesar da forte demanda e da exist?ncia de locais dispon?veis, o governo n?o faz licita??es de ?reas p?blicas nem permite que a iniciativa privada fa?a terminais privativos.

"O governo ? muito moroso para liberar a constru??o de um porto. S? de terminais p?blicos, h? cerca de R$ 6 bilh?es aguardando libera??o", destaca o presidente da Associa??o Brasileira de Terminais Portu?rios (ABTP), Wilen Manteli.

Desde que o novo ministro da Secretaria de Portos, Le?nidas Cristino, tomou posse as decis?es est?o um pouco lentas. O ex-prefeito de Sobral, no Cear?, demorou algum tempo para tomar p? da situa??o e entender como funciona o sistema portu?rio. Enquanto isso, v?rias medidas importantes esperam por solu??o, como a tarifa pelo uso do espelho d’?gua (?rea onde ficam os navios)nos portos, que tem afastando investimentos privados, afirma Manteli. A cobran?a foi suspensa, mas ningu?m sabe o que ainda pode acontecer.

"O empresariado est? bastante pessimista em rela??o ? infraestrutura brasileira", afirma o coordenador do N?cleo de Inova??o e Competitividade da Funda??o Dom Cabral, Carlos Arruda. A funda??o ? respons?vel pelos dados brasileiros constantes no Relat?rio Global de Competitividade do F?rum Econ?mico Mundial.

Ele afirma que a qualidade das ferrovias brasileiras foi a que recebeu a menor nota: 1,9 ponto – a mesma classifica??o dada pelos empres?rios em 2009. Apesar disso, o setor caiu 4 pontos no ranking. "? uma sinaliza??o de que os outros pa?ses, que em 2010 estavam atr?s do Brasil, conseguiram melhorar a sua infraestrutura", afirma o coordenador. Ele conta que no geral a infraestrutura brasileira recebeu nota de 3,6. "? uma posi??o muito ruim para o Pa?s."

Fonte: Ren?e Pereira, de O Estado de S.Paulo

 

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