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Brasil busca ingressar em cota para exportar carne bovina de alta qualidade à UE

A cota 481 é isenta de taxa de importação e inclui carnes mais caras. Os cortes devem ser obtidos de carcaças de novilhos de menos de 30 meses de idade

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) aguarda resposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre proposta para que o Brasil possa ser habilitado a exportar carne bovina de alta qualidade à União Europeia, dentro da cota 481, disse o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio, à CarneTec na semana passada.

“É uma oportunidade que existe e que o Brasil não está aproveitando”, disse Sampaio. “Essa cota tem uma vantagem tarifária que confere valor agregado ao produto… Poderíamos vender a carne por um preço melhor.”

A cota 481 é isenta de taxa de importação e inclui carnes mais caras. Os cortes de carne bovina devem ser obtidos de carcaças de novilhos de menos de 30 meses de idade, alimentados com uma dieta de grãos pelo menos durante os últimos cem dias anteriores ao abate.

O Brasil já faz parte da cota Hilton, que permite a exportação de cortes de carne bovina de boi alimentado a pasto. O país tem participação de 10 mil toneladas dentro dessa cota para a União Europeia, que sofre taxação de 20%.

O governo brasileiro já havia feito uma proposta à União Europeia para entrar na cota 481 em 2009, segundo Sampaio, que não foi aceita. Depois disso, Sampaio disse que o governo repassou a tarefa de elaborar a proposta ao setor privado.

Na nova proposta, discutida entre Abiec, Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estão descritas todas as garantias de que a carne brasileira consegue atender aos requisitos exigidos na cota 481. Sampaio menciona realização de vistorias de confinamento, certificação dos animais, classificação de carcaça, entre outros.

Fonte: CarneTec

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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