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BNDES pode ter R$ 3 bilhões para modernizar os aviários

O Plano Agrícola e Pecuário do Brasil para o novo ano-safra deve ter ao menos R$ 3 bilhões em linhas de créditos para a indústria de carne de frango nacional, disse Francisco Turra, presidente da União Brasileira da Avicultura (Ubabef), entidade que reúne o setor.

Os financiamentos deverão viabilizar reformas e modernizações nos aviários e equipamentos da indústria, que viveu grave crise no ano passado com o salto nos preços de grãos, acrescentou ele.

O valor corresponde aos créditos acumulados de PIS, Cofins e outros tributos que não foram liberados pelo governo. "O novo plano deve trazer ao menos R$ 3 bilhões para a avicultura. Pelos nossos cálculos, é o necessário para o setor fazer a reconversão (modernização), especialmente, em aviários no Sul, a principal região produtora", disse Turra.

O dirigente da Ubabef se reuniu com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, para dizer que o setor ainda reivindica a liberação dos créditos acumulados . Segundo Turra, o banco deve disponibilizar uma linha de crédito junto ao próximo Plano Safra. "Disse a ele [Coutinho] que as devoluções dos créditos podem ser mediante comprovação de investimento produtivo, inovação tecnológica e pesquisa. Mostramos a ele que se for liberado, por exemplo, 50% desse valor, já geraríamos 50 mil novos empregos. [Coutinho] disse que vai disponibilizar essa linha com juros compatíveis e prazos sustentáveis no próximo Plano Safra (2013/2014), que será anunciado durante o próximo mês.

Ele declarou que já vem conversando com o ministro da Agricultura para incluir essa linha", explicou Turra, acrescentando que com a crise do setor, principalmente por conta do alto custo de produção, os bancos ficaram reticentes em conceder crédito à cadeia produtiva avícola.

Modernização

O setor de avicultura está enfrentando um período de queda nas exportações e reivindica a modernização de aviários, principalmente na região Sul do país. No primeiro trimestre, o Brasil exportou 900 mil toneladas, número 7% mais baixo em relação ao mesmo período de 2012.

Já os dados de março revelam queda maior, de 12%. Mesmo com a diminuição do volume exportado, a receita nos três primeiros meses ficou 9% maior, em quase US$ 2 bilhões. O setor acredita na retomada das exportações nos próximos meses e aguarda por incentivos governamentais.

No encontro com o BNDES participaram também representantes das principais empresas do setor, como JBS, Marfrig, BRF, Aurora e outras de pequeno e médio portes. Turra acrescentou, ainda, que o presidente do BNDES garantiu que vai se empenhar em ajudar na monetização dos créditos e afirmou que os créditos deverão abranger também as empresas menores.

Previsão de aumento

As exportações de carne de frango em abril devem superar o volume embarcado em março, estimou Francisco Turra. Dados preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) mostram que na primeira semana do mês foram exportadas, em média, 2.200 toneladas de carne de frango por dia, volume 38% maior do que em março (1.600 toneladas, em média, por dia) e 5% acima de abril de 2012 (2.100 toneladas).

Turra afirmou que as expectativas para o ano são otimistas, pois o setor vem trabalhando com oferta ajustada à demanda, em função do estreitamento das margens no ano passado devido à alta dos preços das matérias-primas, principalmente do milho, que responde por quase 70% do custo de produção.

O dirigente pretende se reunir com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, para discutir o abastecimento de milho. Turra acredita que o governo federal está atento ao problema e que vai repor os baixos estoques oficiais do grão.

DCI – São Paulo/SP

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