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BNDES apresenta linhas de financiamento para produção de cana-de-açúcar na FAEP

O BNDES divulgou na quinta-feira (24), na sede da FAEP, as normas das linhas de crédito para financiamento da produção de cana-de-açúcar durante reunião do Programa de Reativação do Setor Sucroenergético, que, dentro do contexto de restrição, é uma vitória que atende demanda do setor apresentada durante reunião no Rio de Janeiro, em agosto. O […]

O BNDES divulgou na quinta-feira (24), na sede da FAEP, as normas das linhas de crédito para financiamento da produção de cana-de-açúcar durante reunião do Programa de Reativação do Setor Sucroenergético, que, dentro do contexto de restrição, é uma vitória que atende demanda do setor apresentada durante reunião no Rio de Janeiro, em agosto.

O chefe do Departamento de Biocombustíveis do BNDES, Carlos Eduardo Cavalcanti, anunciou que o Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (Prorenova 2015) tem volume de recursos de R$ 1,5 bilhão, queda de R$ 500 milhões em relação a 2014.

Apesar da redução de recursos, conquistou-se a manutenção do teto de financiamento de R$ 150 milhões por grupo econômico, sendo R$ 20 milhões com correção pela TJLP. O valor que exceder esse limite será corrigido pela taxa Selic.

Houve também aumento no valor financiável por hectare de cana-de-açúcar, que passou para R$ 7 mil. O prazo de contratação vai até 31 de dezembro de 2015.

Considerando a atual crise econômica, os representantes do setor que participaram da reunião se mostram satisfeitos com o resultado, concordando que, além de ações paliativas que permitam contornar a conjuntura atual, são necessárias medidas que promovam uma transformação estrutural do sistema produtivo agrícola e industrial. Ou seja, uma agenda de inovação.

“É com investimento, parceria do BNDES, dos agentes financeiros, do governo do estado e do setor produtivo que conseguiremos somar forças e conseguir soluções para melhorar as condições de produção, aproveitar o bagaço e a palha da cana-de-açúcar, reativando o setor. Só assim faremos a travessia nesse momento de crise”, afirmou o presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette.

É o que o setor tem buscado com a adoção de uma série de ações, como o projeto da FAEP que prevê a produção de energia de biomassa, a partir da queima da palha da cana, que foi levado ao BNDES pelo governo do Paraná. O projeto é resultado do programa de reativação do setor elaborado em conjunto pela FAEP e pela Associação dos Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar).

 

Progeren

O superintendente da Área Industrial do BNDES, Maurício dos Santos Neves, explicou que a linha de capital de giro Progeren (Programa do BNDES de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda), que é aberto para todos os segmentos industriais, teve um limite extra para o setor sucroalcooleiro como resposta a uma necessidade colocada de renegociação de dívidas. “No período de crise que deve durar mais de um ano isso permitirá que o setor faça a travessia. Temos que buscar outros caminhos para trilhar”, disse.

O limite de financiamento por grupo econômico que é de até R$ 70 milhões, e para o setor sucroalcooleiro foi anunciado R$ 130 milhões. Os recursos poderão ser tomados ao prazo de até 60 meses, com carência de até 24 meses e taxa Selic. “Essa foi a resposta possível que tentamos dar respaldados no diagnóstico que nos foi levado”, afirmou Santos Neves.

PASS

O Programa BNDES de financiamento para a estocagem de etanol também disponibilizará R$ 2 bilhões, mantendo o mesmo limite do ano passado. A alteração novamente ocorre na taxa de juros que será 25% TJLP + 75% Referenciais de Mercado (RM). Os valores de referência do etanol anidro e hidratado se mantiveram em R$ 1,50 e R$ 1,35, respectivamente.

Durante a reunião, o secretário de Planejamento do Paraná, Silvio Barros, lembrou as medidas, já formalizadas em decreto, para recuperação e fortalecimento do setor sucronergético do Estado. O decreto instituiu o Programa de Reativação da Expansão do Setor Sucroalcooleiro, com medidas para estimular o aumento do plantio e da produtividade dos canaviais, com incentivos fiscais e melhoria da infraestrutura e logística das estradas paranaenses.

O engenheiro José Spinello, da Copel, mostrou os potenciais exportadores de energia do estado e o empenho da companhia em buscar alternativas e soluções que possam viabilizar a conexão das usinas produtoras de energia, de forma atender os interesses da região, dos investidores e da sociedade em geral.

O engenheiro Arthur Padovani, consultor da FAEP, apresentou a avaliação do potencial de acréscimo de excedentes de energia elétrica da agroindústria da cana-de-açúcar no Paraná.

No Paraná, a cana-de-açúcar é cultivada em 640 mil hectares de 154 municípios e representa 9% da área plantada no Estado. Participaram da reunião representantes da Alcopar, secretarias de Planejamento, Fazenda, Infraestrutura e Logística, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Copel e do sistema financeiro.

 

 

DETI

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