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Após chuva, produtores do PR aceleram plantio de milho

Os produtores da região de Campo Mourão comemoram o fim da estiagem com muito trabalho. Após quase três meses de chuvas irregulares, a quantidade registrada no último final de semana era o que todos pediam. Para recuperar o tempo perdido, agora é hora de colocar as sementes na terra e começar o plantio da safra de verão. Na região, 14% da área estimada para a cultura já foi plantada. Com o atraso provocado pela estiagem e o baixo preço que a cultura está alcançando no mercado a área plantada deve ter queda de 20%, a tendência no estado é que isso se repita.

Como os últimos dois meses foram de muita seca, os produtores deixaram o maquinário ‘a postos’ esperando a chegada da chuva. Com isso, apesar do plantio do milho ainda estar dentro do prazo recomendado, que vai até o dia seis de outubro, o trabalho está atrasado. No ano passado, nesse mesmo período, 30% das propriedades estavam com as sementes germinando. Esse ano, apenas a metade disso, 14%, foi plantada até agora. “Por enquanto esses produtores não terão qualquer prejuízo com a produtividade. O problema é mais de lojistica. Quando o grão é plantado tardiamente a colheita do milho acaba coincidindo com a da soja e os produtores encontram problemas com maquinário e funcionários para realizar as duas”, esclarece o Engenheiro Agrônomo da Coamo Agroindustrial Cooperativa, Lucas Moreira.

Apesar da vontade de correr atrás do tempo perdido, segundo a previsão do tempo para a região, os agricultores terão de interromper novamente o plantio no final de semana. “Temos mais chuva programada, chuva sempre é boa para a agricultura, mas nesse momento vai atrasar ainda mais e com isso somente na segunda-feira é que devemos começar firme o plantio”, diz Moreira.

Apesar da previsão de chuva, o produtor rural Gabriel Jort começou ontem o plantio. “Já estava tudo programado e os insumos comprados, apesar da demora para começar a plantar, a gente apostou no milho”, diz. Ele recordou que no ano passado até o dia 15 de setembro já estava tudo plantado. “A gente sabe que esse vai ser um ano mais difícil até pela seca, por isso tem de fazer as contas e usar toda a tecnologia disponível para garantir que mesmo com falta de chuva, a propriedade renda o esperado”, completa.

Redução na área

Este ano a estimativa do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) é que a área plantada com milho caia de 25.303 para 20.242 hectares, uma redução de 20%. De acordo com o Engenheiro Agrônomo, são dois motivos. “Primeiro pelo preço, que agora deu uma reagida, mas como a cultura a ser plantada é planejada bem antes isso não interferiu. Mas principalmente é pelo alto investimento que o milho exige. Os produtores se sentem mais seguros plantando soja.”

Por ser em mais um ano de La Niña, a previsão é que a safra de verão esteja sujeita a períodos longos sem chover. “Deverá ser marcada por veranicos, que são períodos de 20 a 25 dias sem qualquer pluviosidade e depois em uma semana chover o que deveria ter chovido em todos esses dias, basicamente o que aconteceu nessa última semana”, relata Moreira. O milho exige alto índice de água no solo para se desenvolver e sofre mais com a estiagem, diferente da soja. “De qualquer forma será um ano apertado para os produtores”, finaliza.

Brasil

Nesta safra de verão, o Brasil deverá fazer o menor plantio de milho da história. Segundo especialistas a área fica próxima de 7,4 milhões de hectares, e a produção não chegará a 30 milhões de toneladas. O Paraná perderá 15% da área nesta safra de verão, semeando 760 mil hectares. A liderança fica com Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que devem plantar cerca de 1 milhão de hectares cada.

Fonte: Tribuna do Interior
Por Ana Carla Poliseli

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