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Brasil e Argentina “trocam” suspensões de embargos

A Argentina retirou o embargo à carne bovina brasileira, que vigorava desde 2012

O Ministério da Agricultura (Mapa) anunciou nesta quarta-feira (17/6) que foi suspenso o embargo à importação de maçãs, peras e marmelos da Argentina. Em nota oficial, o Mapa informou que as autoridades do país vizinho demonstraram como é feito o controle sanitário dos produtos excluindo a motivação para que fosse mantida a suspensão.

A importação das frutas foi suspensa em março sob a alegação de inconformidade no sistema sanitário argentino com as normas em relação à praga Cydia Pomonella, erradicada no Brasil no ano passado. Em função disso, o Ministério da Agricultura solicitou informações ao governo do país vizinho.

Em troca, a Argentina retirou o embargo à carne bovina brasileira, que vigorava desde 2012. O Brasil não exporta o produto para o mercado argentino, mas a suspensão representava o que o Ministério chama, em nota, de “atestado comercial negativo”. De acordo com o governo brasileiro, o Serviço de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina “reconheceu que casos atípicos de BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina), cientificamente demonstrados, podem ocorrer em qualquer parte do mundo” e não têm relação com o risco da epidemia da vaca louca.

Arábia Saudita

Ainda em relação ao setor de carne bovina, o Ministério da Agricultura informou nesta semana, que seus técnicos começaram a coletar as informações adicionais pedidas pelo governo da Arábia Saudita como condição para retirar o embargo ao produto. Foi feito também um pedido de análise da possibilidade de ampliar o comércio de carne de aves com o país do Oriente Médio.

Na semana passada, representantes do serviço sanitário saudita relataram, em reunião com representantes do governo brasileiro, as visitas que fizeram aos estados do Pará, de Mato Grosso e Pernambuco para avaliar estabelecimentos de carne bovina. De acordo com o comunicado do Mapa, a missão também visitou seis unidades avícolas, um laboratório e uma granja para coletar informações e avaliar o controle em relação à exportação de carne de aves.

Fonte: Globo Rural – 18/06/2015

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