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Veranico que afetou a soja acentua redução do milho de inverno no Paraná

Falta de chuva prejudica o plantio da segunda safra do cereal em algumas regiões do Paraná; cenário pesa a favor do trigo, que deve ganhar terreno

A seca de janeiro e fevereiro terá reflexo direto no plantio da safra de inverno no Paraná, que começou em janeiro e ganha ritmo em março. Diante da perda estimada em R$ 2,2 bilhões em função da quebra de 2 milhões de toneladas de soja e 100 mil toneladas de milho, os produtores e cooperativas locais estão revendo os planos para os próximos meses. Pesa sobre as decisões o baixo preço do milho, a valorização do trigo e a falta de condição ideal do solo para quem precisa lançar as sementes nas próximas semanas. Em maior parte dos municípios que têm condições favoráveis à segunda safra, conforme o zoneamento agroclimático do estado, a melhor época para plantio de milho já passou.

Os primeiros indícios da mudança na temporada de inverno no estado aparecem nas estimativas oficiais para as duas culturas. De acordo com a última projeção da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a área destinada ao milho safrinha vai recuar 12%, para 1,9 milhão de hectares – 1 ponto porcentual acima do que se esperava em janeiro, antes da confirmação das perdas na safra de verão. Caso se confirme, será a primeira vez em três anos que o cereal terá área plantio inferior a 2 milhões de hectares no Paraná. Por outro lado, a triticultura tende a crescer 20% em comparação com a temporada passada. Assim, o cereal do pão voltaria a ocupar uma área superior a 1 milhão de hectares, fato que não ocorre desde a safra 2010/11. Essa previsão para o trigo deve se confirmar nos próximos relatórios oficiais, já que o plantio começa em abril.

A redução maior que o previsto inicialmente no plantio do milho é resultado do forte calor e a falta de chuvas, que castigaram as plantações de verão e tiraram umidade do solo, inviabilizando o lançamento das sementes do cereal em regiões como Norte do estado.

Além do clima, a inversão de tendências está diretamente ligada às cotações dos dois produtos. Apesar da leve reação após o anúncio de que os Estados Unidos reduzirão o plantio na próxima temporada, o mercado doméstico de milho ainda trabalha com preços 25% mais baixos que os registrados há um ano. Com isso, muitos produtores preferiram apostar no cereal do pão, que apresenta valorização de 5% de janeiro de 2013 para cá.

“No final do ano passado, quando o produtor adquiriu o fertilizante e a semente para o plantio do milho, a tendência era de baixa no preço”, explica o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, Francisco Simioni. “Onde o produtor não tiver mais janela para plantar milho, o trigo pode aparecer. Mas ainda é só uma expectativa”, pondera, lembrando que o retorno das chuvas na semana passada poderia segurar a queda no plantio do safrinha.

A lucratividade do milho, neste momento, é maior que a do trigo. Considerando as médias de produtividade das duas culturas, o custo variável e os preços atuais, a lucratividade da safrinha é de R$ 700 por hectare e a da triticultura, de R$ 500. Mesmo assim, há o temor entre os produtores que as lavouras de milho plantadas no pó tenham produtividade comprometida.

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