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Vazio sanitário da soja começa no próximo dia 15

Durante o período de 90 dias, ou seja, até 15 de setembro, é obrigatória a ausência total de plantas vivas da oleaginosa nos campos do Estado

O vazio sanitário da soja no Paraná começa no próximo dia 15. Conforme determina a Portaria 109/2015 da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), durante o período de 90 dias, ou seja, até 15 de setembro, é obrigatória a ausência total de plantas vivas de soja nos campos do Estado.

A medida tem como objetivo principal combater o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática. A doença gera a desfolha precoce da planta que prejudica a formação e o enchimento dos grãos, consequentemente a redução acentuada de produtividade.

“A soja é o principal hospedeira da ferrugem asiática. Ou seja, eliminando o hospedeiro por esse período, o fungo da doença se reproduz menos e no verão a pressão é menor nas lavouras”, destaca o engenheiro-agrônomo Fernando Aggio, do DTE da FAEP.

Os reflexos positivos do vazio sanitário são registrados na safra de verão, quando a soja ocupa milhões de hectares em todas as regiões do Paraná. Com o controle correto da doença, os produtores reduzem o número de aplicação de fungicida nas lavouras de oleaginosa. “E isso impacta diretamente no custo de produção, ainda mais em uma época de margens apertadas”, reforça Aggio.

Porém, o vazio sanitário não significa que a terra precise ficar parada. O produtor pode optar por alguma cultura de inverno e/ou pelo milho safrinha. Além disso, o trabalho de monitoramento precisa ser constante, assim como o controle das plantas daninhas e a eliminação das plantas voluntárias de soja.

Semeadura

Encerrado o vazio sanitário em 15 de setembro, o plantio da soja está autorizado até dia 31 de dezembro, conforme o zoneamento agrícola estadual. Neste período, o produtor precisa monitorar a cultura a partir da emergência das plantas e intensificar na floração. A atenção também tem que ser redobrada em locais com maior acúmulo de umidade.

Outra ação simples, mas eficaz, é retirar folhas dos terços médios e inferior da planta e observar contra a luz para verificar se existem pontuações escuras e/ou saliências semelhantes a pequenas feridas (bolhas), que podem sinalizar a presença da ferrugem asiática. Neste caso, é importante iniciar o controle eficiente da doença, caso necessário, com acompanhamento de um engenheiro-agrônomo.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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