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Uvas finas europeias transformam a produção vinícola no Paraná

Diversas empresas estão fabricando vinhos de qualidade reconhecida, que utilizam uvas finas como Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Malbec e outras variedades oriundas da Europa

Estado marcado culturalmente pela colonização europeia, em especial a italiana, o Paraná tem na história da sua gente a tradição da produção e do consumo de vinhos. Até pouco tempo atrás, as bebidas produzidas em solo paranaense supriam as demandas afetivas dos apreciadores, mas ficavam bem atrás no quesito qualidade quando comparadas a vinhos produzidos com uvas finas, próprias para a vinificação.

Se antes dominavam este cenário os vinhos coloniais ou vinhos de mesa, produzidos com uvas americanas (rústicas), como Bordô, Isabel e outras de vocação discutível para a produção da bebida, hoje temos diversas empresas fabricando vinhos de qualidade reconhecida, que utilizam uvas finas como Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Malbec e outras variedades oriundas da Europa utilizadas na produção de vinhos finos.

No Paraná, a maior parte da produção vitícola é de uvas de mesa, que são aquelas destinadas à alimentação. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), em 2015 (último dado disponível) foram produzidas 66,3 mil toneladas da fruta, sendo 18,8 mil toneladas destinadas à vinificação (produção de vinhos, sucos e geleias). A área total destinada a uvas no Estado naquele ano foi de 4,4 mil hectares, sendo que a área destinada ao cultivo de uvas para vinificação foi de 1,8 mil ha. Neste dado não há distinção entre uvas americanas (rústicas) e uvas finas.

Leia mais sobre a produção de vinho no Estado e as estratégias dos produtores aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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