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Uso de drones na agricultura se populariza

Aplicações vão desde mapeamento das lavouras até pulverização com agroquímicos

Cada vez mais comuns nos céus brasileiros, os drones estão ganhando espaço na agricultura. Estas pequenas máquinas voadoras podem ser equipadas com câmeras, lentes infravermelhas e sensores dos mais variados tipos, que permitem o monitoramento amplo das lavouras, evidenciando falhas no plantio, estresse hídrico das plantas, incidência de pragas e doenças. Apesar das vantagens aparentes, muitos produtores ainda têm ressalvas em relação a qual modelo adquirir e se o investimento compensa de fato. Instituições como a Embrapa Instrumentação (São Carlos-SP) e a Coamo, em Campo Mourão (região Centro Ocidental do Estado), pesquisam as melhores aplicações destes equipamentos no meio rural.

A regulamentação do uso de drones está a cargo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo a agência, no Paraná existem atualmente 986 drones cadastrados. Em todo Brasil são 10.214 drones de uso recreativo e 6.363 de uso profissional. A agricultura é uma das poucas áreas onde é possível “turbinar” um drone com vários equipamentos distintos. A legislação vigente autoriza a modificação das máquinas apenas nos casos que “se destinem a lançamentos relacionados a atividades de agricultura, horticultura, florestais, controle de avalanche, controle de obstrução por gelo e deslizamentos de terra ou controle de poluição”.

Hoje, a grande maioria destes aparelhos vem equipada com GPS, o que permite o cruzamento de dados georreferenciados, fazendo deles um novo aliado na realização da agricultura de precisão. “Por meio de softwares específicos é possível treinar a ferramenta para reconhecer nematoides e plantas invasoras”, afirma Lúcio de Castro Jorge, pesquisador da Embrapa Instrumentação.

Outros sistemas mais sofisticados, em fase final de desenvolvimento, poderão avaliar detalhes da cultura, como contagem e análise de desenvolvimento das plantas, falhas, taxa de crescimento e outras informações. “Você também consegue avaliar as diferentes fases da planta para ver se ela está respondendo à adubação. A partir das imagens dos drones é possível mudar o manejo e ter ganhos de produtividade. Saber onde irrigar, ou onde não irrigar”, diz Jorge.

Leia mais obre o uso dos drones no campo aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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