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Evolução das técnicas abre caminho para usinas de biogás nas fazendas

Uso de biodigestores para geração de energia através do biogás gera economia e protege o meio ambiente

“Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma.” A frase do químico francês Antoine Lavoisier, que viveu no século XVIII, se aplica perfeitamente à realidade atual da produção de energia a partir do biogás. Neste sistema, os dejetos dos animais não se perdem, mas se transformam em energia que ilumina granjas, move automóveis e aquece caldeiras.

O processo não é novidade. Há muito tempo que produtores, principalmente de suínos e aves, usam o esterco dos animais para geração de energia a partir de biodigestores. Algumas iniciativas, no entanto, acabaram por morrer na praia porque o planejamento e o acompanhamento técnico desses processos não eram executados corretamente.

Hoje esse cenário mudou com a evolução das técnicas e das tecnologias empregadas nas propriedades. Um dos vetores dessa transformação foi o Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CiBiogás), entidade sem fins lucrativos sediada na Itaipu, que tem dentre seus parceiros a FAEP.

Um dos projetos piloto mais bem sucedidos da instituição é a Granja Haack, localizada em Santa Helena, no Oeste do Paraná. A propriedade possui produção de ovos e gado de corte e aproveita os dejetos dos animais para produzir o biogás que fornece energia para a propriedade e alimenta parte da frota dos veículos movidos a biometano da Itaipu. A parte sólida que sobra deste processo serve como adubo nas lavouras da propriedade.

O proprietário Nilson Haacke cria 84 mil galinhas poedeiras em dois galpões e cerca de 700 bovinos de corte em confinamento. De acordo com o engenheiro do CiBiogás, Giovanni Patuzzo, o biodigestor instalado na granja gera cerca de 40 KW/h, energia mais do que suficiente para alimentar toda estrutura de dois galpões de aves e todo restante da propriedade, gerando uma economia mensal de aproximadamente R$ 7 mil na conta de luz.

Por dia são encaminhados ao biodigestor cerca de 100 metros cúbicos de dejetos de aves e bovinos. Esse material é encaminhado através de esteiras até um misturador, em seguida vai para uma extrusora que separa líquidos de sólidos. A parte sólida é usada como adubo na lavoura e os líquidos vão para o biodiogestor, onde devem permanecer por cerca de 30 dias.

Para efeito de comparação, 1 metro cúbico de biometano equivale 943 ml de gasolina, ou 2,196 KW de eletricidade. Segundo Patuzzo, o biodigestor da granja gera cerca de 1000 metros cúbicos de biogás por dia. Aquilo que não é aproveitado é queimado em um sistema de segurança enquanto a propriedade ainda não é ligada à rede de distribuição da Copel. Quando ela se conectar, poderá injetar o excedente de energia no sistema, gerando créditos que podem ser usados para abater do consumo.

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