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USDA: 3 milhões de hectares ainda aguardam sementes de milho

Na soja, que ainda tem mais um mês para ser semeada, o plantio chega a 61%

Com a janela ideal de plantio encerrada e cerca de 3 milhões de hectares ainda por semear, produtores norte-americanos começam a repensar seus planos para o milho. Em relatório divulgado ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) mostrou que as plantadeiras haviam passado por 92% dos 36,1 milhões de hectares previstos para o cereal até o último domingo.

Traders esperavam um ritmo até mais lento (90%) e, apesar do índice revelado pelo Usda estar 4 pontos porcentuais à frente da média histórica, a proximidade com o mês de junho preocupa os agricultores norte-americanos. Segundo os especialistas, lavouras implementadas depois desta data podem ter seu potencial produtivo de largada reduzido em cerca de 20%.

Das lavouras de milho semeadas, 74% já emergiram, um avanço de 12 pontos sobre o índice normal para esta época do ano. Mesmo porcentual de plantações que, segundo o Usda, encontram-se em boas condições. O mercado um índice um pouco maior, entre 75% e 78%.

Na soja, que ainda tem mais um mês para ser semeada sem perda de potencial produtivo, o plantio chega a 61% dos 34,2 milhões de hectares planejados – 6 pontos à frente da média histórica. O índice de emergência é de 32%, 7 pontos acima da média.

Embora o desenvolvimento inicial das lavouras, tanto de soja quanto de milho, esteja à frente do ritmo considerado normal para esta época do ano, a diferença entre os índices atuais e os apontados pela média histórica vem diminuindo nas últimas semanas, conforme o clima vai ficando mais úmido no cinturão de produção norte-americano.

Condições que, embora colaborem para o bom desenvolvimento das lavouras já semeadas, impedem a entrada do maquinário no campo em regiões importantes e podem levar alguns produtores e rever seu planejamento de plantio, principalmente no caso do milho. Por isso, os números do Usda devem ter impacto altista nas negociações noturnas do cereal e tendem a ter influência negativa sobre as cotações da soja no pregão eletrônico.

Fonte: Gazeta do Povo

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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