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Unidade de monitoramento beneficia agricultores

Instalada desde outubro do ano passado em uma área de soja em Engenheiro Beltrão, a unidade de monitoramento de esporos de ferrugem asiática ainda não detectou a presença de esporos viáveis que pudessem infectar lavouras. "Está sendo acompanhado paralelamente à amostragem de esporos no ar, a presença de sintomas nas folhas da cultura, o que até o presente momento não ocorreu", relata o engenheiro agrônomo do Instituto Emater, Claudinei Antonio Minchio.

De acordo com ele, as variedades de soja mais precoce estão em fase de enchimento de grãos e daqui a aproximadamente 15 dias estarão em fase final de granação.

Ele comenta que o monitoramento tornou-se uma unidade experimental com diversos tratamentos visando determinar o momento adequado de se entrar com a primeira aplicação de fungicidas visando o controle de ferrugem da soja. "Como não houve o aparecimento de esporos viáveis e muito menos de sintomas, estima-se que se houver necessidade, apenas uma ou talvez nenhuma aplicação seja necessária para o controle da doença", pondera.

O agrônomo diz que muitos produtores já efetuaram duas aplicações para o controle preventivo da ferrugem, o que no parecer dele, para as condições verificadas em Engenheiro Beltrão, elas foram desnecessárias, o que poderá ocasionar aumento de custo ao produtor comparativamente àquele que vem seguindo recomendações técnicas baseadas nas informações da unidade de monitoramento.

Monitoramento

O trabalho é desenvolvido pelo Instituto Emater em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Embrapa/Soja, prefeitura local, uma rádio da cidade, além de agricultores. Minchio, explica que o trabalho faz parte da programação do município dentro do Projeto Grãos. As orientações são repassadas aos agricultores por meio de um programa de rádio.

O trabalho está em sua quarta safra consecutiva, e Minchio observa que o monitoramento de esporos tem demonstrado ser um grande trunfo na mão de técnicos e produtores no sentido de se utilizar racionalmente os fungicidas para o controle de ferrugem. Ele comenta que na safra de 2007/2008 e 2008/2009, não houve necessidade de aplicações, devido à chegada tardia dos esporos. "Já na safra 2009/2010, devido ao fato de ser um ano chuvoso e os esporos terem chegado no mês de dezembro, grande número de produtores na região fizeram de três a quatro aplicações de fungicidas, enquanto que na unidade de monitoramento de Engenheiro Beltrão, foram realizadas duas aplicações e controle adequado da doença, utilizando-se inclusive fungicida de baixo custo."

Tribuna do Interior – 17/01/11

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