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Técnicos qualificados para turbinar a pecuária de corte estadual

A partir do treinamento do Pecuária Moderna, profissionais foram capacitados no CTA de Ibiporã para colocar em prática os conhecimentos em propriedades da região

A região Norte do Estado tem passado por uma transformação na bovinocultura de corte. Com a finalização de uma turma de 31 técnicos do treinamento Pecuária Moderna, um time de especialistas está capacitado para turbinar a produção de carne nas propriedades da região. Apesar da heterogeneidade no perfil dos profissionais, o entusiasmo entre o grupo é unânime. Mais, todos já estão implantando práticas que aprenderam em temas como gestão, manejo, reprodução, alimentação, manejo de pastagens, entre outros. O curso tem um total de 10 módulos a serem cumpridos, com 16 horas cada um, totalizando 160 horas. Os professores, escolhidos de forma criteriosa, são sempre as principais referências do mercado em suas áreas.

As turmas são formadas por veterinários, zootecnistas e engenheiros agrônomos. Eles são o público-alvo justamente para turbinar a assistência técnica demandada pelos pecuaristas. Assim, a transformação da pecuária começa a ser cada vez mais disseminada no cotidiano, durante a prestação de serviços de assistência técnica nas mais diversas propriedades em que eles atuam. No caso de Ibiporã, as aulas começaram no início do segundo semestre de 2017 e estão terminando agora.

Com a empolgação de quem está prestes a experimentar o primeiro pedaço de carne do churrasco, o engenheiro agrônomo Fábio Lima tem na ponta da língua os números da propriedade de 700 hectares, sendo 390 dedicados ao agronegócio e o restante reserva ambiental, que serviu de estudo de caso para o seu projeto. No total, a propriedade localizada em Faxinal, na região
Norte, tem 50 hectares de lavouras e 340 hectares dedicado a pastagem. “Já chegamos a ter 480 cabeças em 2016, mas com a quebra que tivemos na soja, foi necessário diminuir 25% do rebanho para cerca de 360 cabeças”, revela o profissional.

O projeto de Lima desenvolvido ao longo do Pecuária Moderna, por exemplo, está em fase final e envolve principalmente a implantação de um regime diferenciado no sistema Integração Lavoura-
-Pecuária (ILP). De forma piloto, na próxima safra será plantada soja onde hoje há pastagem em 35 hectares.

E em uma área de 45 hectares da oleaginosa será semeada pastagem. “Nossa intenção é melhorar a oferta de alimento aos animais o ano inteiro. Queremos sair da monocultura da soja e implementar essa integração, investindo também em semeadura de aveia para pastoreio pensando nos meses de inverno e evitar perdas nutricionais do rebanho”, comenta.

Leia mais sobre o treinamento do Pecuária Moderna aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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