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Suspensão de embargo elevará venda direta de carne bovina à China

A China suspendeu as importações de carne bovina brasileira no fim de 2012 por conta de um caso atípico da doença da “vaca louca” no Paraná. Naquele ano, o Brasil exportou US$ 37,7 milhões do produto à China, contra US$ 2,5 milhões em 2009

Depois de anunciar que a China retirou o embargo que impunha à carne bovina brasileira, o ministro da Agricultura, Neri Geller, estimou ontem que as exportações do produto para o país asiático devem alcançar de US$ 800 milhões a US$ 1,2 bilhão em 2015. O fim das restrições à carne bovina do Brasil foi comunicado ontem pelo presidente da China, Xi Jinping, em reunião bilateral em Brasília.

A China suspendeu as importações de carne bovina brasileira no fim de 2012 por conta de um caso atípico da doença da “vaca louca” no Paraná. Naquele ano, o Brasil exportou US$ 37,7 milhões do produto à China, contra US$ 2,5 milhões em 2009, ano em que o mercado chinês se abriu para a carne bovina brasileira.

Com a reabertura do mercado chinês, a expectativa é de que as vendas de carne bovina para Hong Kong recuem, uma vez que a maior parte desses volumes é direcionado atualmente para a China. Hong Kong foi no primeiro semestre deste ano o principal destino das exportações de carne bovina do Brasil, com um volume de 192,256 mil toneladas, que gerou receita de US$ 794,524 milhões.

“Temos uma expectativa de que agora, com o fim do embargo, reduzam as exportações de carne bovina para Hong Kong, e as vendas diretas para a China cresçam consideravelmente, além do que nove plantas de frigoríficos estão aguardando habilitação nossa para produzir [e exportar à China]”, afirmou o ministro.

Ele observou que os US$ 1,2 bilhão em carne bovina que o país pode exportar diretamente à China em 2015 equivalem a quase 20% das exportações brasileiras, que somaram US$ 6,6 bilhões no ano passado.

Segundo Geller, o crescimento da demanda chinesa por carne bovina nos últimos anos e a capacidade do Brasil de provar tecnicamente a segurança sanitária de sua carne foram os principais motivos para que a China decidisse pôr fim ao embargo. No primeiro semestre de 2014, por exemplo, as importações totais de carne bovina da China cresceram 30% em relação aos seis primeiros meses do ano passado, de acordo com ministro.

Neri Geller acrescentou que também foi fundamental para o fim do embargo um entendimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que manteve o Brasil na classificação de “risco insignificante” com relação à “doença da vaca louca”.

De acordo com ele, o comunicado do governo chinês liberando as exportações brasileiras de carne bovina deve sair daqui a 30 dias no máximo.

O Brasil tem hoje oito frigoríficos ativos e habilitados para exportar à China: cinco no Estado de São Paulo, um em Mato Grosso, um no Rio Grande do Sul e um em Goiás, segundo o ministro. A Outras nove unidades estão em processo de habilitação pelo Ministério da Agricultura.

Além da China, o Peru e o Irã também anunciaram o fim de embargos à carne bovina brasileira. “O único país que ainda restringe a importação da nossa carne e que estamos negociando para reverter é a Arábia Saudita”, destacou Neri Geller.

O ministro da Agricultura também informou que o Brasil deve conseguir em breve convencer a Rússia a pôr fim às restrições à carne suína brasileira. Em setembro uma comitiva do ministério viaja até o país para tentar avançar nesse assunto.

Fonte: Valor Econômico – 21/07/2014

 

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