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Soja inicia a semana operando com ligeira queda em Chicago

Soja 1Nesta segunda-feira (17), os contratos futuros da soja iniciam a semana sem muita força no mercado internacional. Os vencimentos mais negociados na Bolsa de Chicago, por volta das 7h50 (horário de Brasília), perdiam entre 5,75 e 7,75 pontos. O contrato maio/14, o mais negociado nesse momento, era cotado a US$ 13,88 por bushel.

O mercado dá continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado na semana passada e, segundo analistas, esperam novas informações para voltarem a subir, apesar dos fundamentos ainda positivos. A situação de oferta muito apertada nos Estados Unidos, combinada com uma demanda ainda muito forte pelo produto norte-americano segue como principal fator de suporte para as cotações.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga hoje seu novo número de embarques semanais e os dados poderiam incentivar novos ganhos para as cotações.

Na sessão desta sexta-feira (14), o mercado internacional da soja fechou em campo negativo, com perdas 5,75 a 14,75 pontos nos principais vencimentos. O contrato maio/14, referência para a safra brasileira e o mais negociado nesse momento, fechou o dia valendo US$ 13,88 por bushel, recuando 7,75 pontos.

A baixa dos preços refletiu mais um pregão de realização de lucros, finalizando uma semana negativa para as cotações da oleaginosa. Porém, desde o início do ano, os preços da soja já acumulam alta de 10% na CBOT.

O mercado sentiu a pressão negativa dos rumores, mesmo não confirmados, de movimento de washouts (troca de origem) por parte da China de compras feitas nos Estados Unidos, como explicou Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.

Além disso, a divulgação de algumas consultorias sobre estimativas maiores de área de plantio de soja nos Estados Unidos na safra 2014/15 em relação aos números divulgados no Fórum Outlook, que aconteceu no último mês nos Estados Unidos, informações que contribuíram para a realização de lucros.

Ainda assim, os fundamentos não sofreram qualquer alteração e seguem como principal fator de sustentação para as cotações em Chicago. Os estoques finais norte-americanos estão historicamente baixos, abaixo das 4 milhões de toneladas, e a demanda pelo produto dos EUA se mantém muito forte.

As exportações, que signifcam o volume de soja comprometida, passam das 44 milhões de toneladas, frente à projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 41,64 milhões de toneladas. Além disso, os embarques acumulados na temporada 2013/14 já são maiores do que 38 milhões de toneladas e o ano comercial só se encerra em agosto deste ano.

Para Brandalizze, o mercado não tem muito espaço para continuar caindo, justificado pelo ajustado quadro de oferta e consumo, e agravado pela situação de uma menor oferta também na América do Sul. O Brasil, segundo números da Conab, deverá produzir cerca de 85 milhões de toneladas, número 5% menor do que as projeções iniciais, que chegavam a 90 milhões de toneladas.

“Na semana que vem, acredito que já veremos os preços voltando a operar acima dos US$ 14 por bushel em Chicago”, disse o consultor.

No mercado físico, os preços também sentiram a queda das cotações em Chicago, e o valor da soja nos portos brasileiros fecha a semana menor entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por saca em relação aos melhores momentos da semana anterior. Além disso, a semana também foi de poucos negócios, com os produtores observando as baixas e retendo um pouco mais suas vendas, esperando uma recuperação das cotações, ainda de acordo com Brandalizze.

De acordo com o levantamento semanal da Safras & Mercado, a saca de soja recuou de R$ 72,00 para R$ 70,00. Em Cascavel (PR), o preço caiu de R$ 68,00 para R$ 66,50; Em Rondonópolis (MT), a cotação baixou de R$ 60,00 para R$ 59,00; em Dourados, se manteve em R$ 62,50, enquanto em Rio Verde (GO) passou de R$ 64,00 para R$ 63,00.

Fonte: Notícias Agrícolas

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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