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Soja fecha com mais de 3% de alta em Chicago, puxa preços no BR e Paranaguá vai a R$ 91,50

Os ganhos no grão puxaram também o farelo e óleo de soja que subiram, respectivamente, mais de 2% e mais de 1,5% nas posições mais negociadas

O anúncio de que China e Estados Unidos retomaram suas conversas para amenizar o andamento da guerra comercial deu combustível para um novo dia de rally no mercado da soja na Bolsa de Chicago no pregão desta terça-feira (31) e os preços fecharam o dia com ganhos de mais de 3%.

As altas entre os principais contratos foram de 28 a 28,75 pontos, com o novembro/18, que é a principal referência para o mercado neste momento, terminando os negócios cotado a US$ 9,19 por bushel. Com esse avanço, a commodity bateu em suas máximas em um mês com a esperança de que as duas maiores economias do mundo cheguem a um acordo e o comércio da oleaginosa entre ambos não seja ainda mais penalizado.

Os ganhos no grão puxaram também o farelo e óleo de soja que subiram, respectivamente, mais de 2% e mais de 1,5% nas posições mais negociadas.

Como apurou a agência internacional de notícias Bloomberg, estariam se reunindo em conversas privadas o representante da Secretaria do Tesouro dos EUA, Steven Munchin, e o vice-premiê chinês Liu He, que é uma espécie de “conselheiro econômico” do presidente Xi Jinping, um de seus braços fortes da economia.

Embora as informações ainda estejam no campo dos rumores, a sinalização de um acordo é sempre bem recebida pelo mercado financeiro, pelos investidores e traders, fazendo com que subam não só as commodities, mas ações e bolsas também. A euforia, após a chegada da informação, mais uma vez tomou conta dos negócios em um momento de espera por novas informações para uma direção mais forte para as cotações.

“Os grãos adicionaram um prêmio de risco aos preços nesta terça-feira diante das possibilidade de melhores exportações frente às negociações com China e Europa, estoques mundiais apertados e as previsões de um clima mais seco no Meio-Oeste”, diz Jason Roose, analista de mercado da U.S. Commodities, ao portal americano Agriculture.com.

As últimas previsões mostram o tempo mais seco no Corn Belt nos próximos dias, em um momento em que as lavouras de soja se aproximam de um período determinante para a definição da produtividade no país. Agosto é o mês-chave para a cultura da soja nos Estados Unidos.

“O cenário climático para o Centro dos Estados Unidos não se mostra extremamente confortável para o produtor. Neste último fim de semana, as previsões decepcionaram o sojicultor de Illinois e Missouri. Até a sexta-feira, 27, precipitações eram projetadas para cobrir as principais regiões do centro-sul do Cinturão. No entanto, tais chuvas não foram confirmadas”, informam os analistas da consultoria AgResource Mercosul (ARC).

E para os próximos dias, as chuvas também deverão continuar mais escassas em partes dos estados de Iowa, Wisconsin e Minnesota e, no período dos próximos 10 dias, trazem índices pluviométricos abaixo da média para a grande maioria do Centro-Oeste norte-americano, ainda segundo as informações da ARC.

De acordo com o último boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), são 72% dos campos de soja em boas ou excelentes condições no país. Adiantada, a safra 2018/19 tem ainda 86% das lavouras estão em fase de florescimento e 60% das plantações na fase de formação de vagens.

Matéria completa: Notícias Agrícolas.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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