Sistema FAEP

Situação das safras no Paraná

O Departamento Técnico e Econômico da FAEP elaborou, com base nos dados do Deral/Seab, as condições da safra 2016/17 para as culturas de soja, milho, trigo e feijão no Estado

1.    SOJA – Estimativas e condições gerais da cultura no Estado

A previsão de plantio de soja para a safra 2016/17 é de 5,24 milhões de hectares, 1% menor que a safra 2015/16. A cultura apresenta boas condições de desenvolvimento em 97% das lavouras e 3% apresentam médias condições. Quanto aos estádios da cultura, 3% estão em desenvolvimento vegetativo, 13% em floração, 56% em frutificação e 28% em estádio de maturação fisiológica.

A produtividade esperada é de 3.497 kg/ha, sendo 12% maior que a produtividade registrada na safra 2015/16. A produção é estimada em 18,33 milhões de toneladas apresentando um aumento de 11% em relação a safra passada. A colheita teve início nas regiões oeste e norte do estado com 1% da área total já colhida e o produto apresenta boa qualidade.

 

2. MILHO 1ª safra – Estimativas e condições gerais da cultura no Estado

A previsão de área plantada do milho 1ª safra é de 500.587 hectares, 21% maior que a safra anterior que foi de 414.025 hectares. A cultura apresenta boas condições de desenvolvimento em 94% das lavouras e médias condições em 6%. Quanto às fases de desenvolvimento, 11% estão em floração, 61% em frutificação e 28% em maturação.

A produtividade esperada é de 8.790 kg/ha, sendo 10% maior que a safra anterior e a expectativa de produção é de 4,4 milhões de toneladas, apresentando um aumento de 33% em relação a safra 2015/16. As lavouras sofreram com as baixas temperaturas registradas no mês de outubro de 2016 que ocasionaram atraso no desenvolvimento das plantas, mas sem causar quebras significativas de produtividade.

 

3. MILHO 2ª safra – Estimativas e condições gerais da cultura no Estado

A área prevista para o milho 2ª safra no Paraná é de 2,3 milhões de hectares, registrando um aumento de 4% em relação a safra anterior. A produção esperada é de 13,5 milhões de toneladas, sendo 32% maior que a safra 2015/2016 e a produtividade esperada é de 5.875kg/ha, 26% maior que a anterior.

O plantio teve início nas regiões oeste e norte do estado e 3% da área prevista está plantada. 95% das lavouras estão em boas condições e 5% em médias condições de desenvolvimento. Quanto as fases de desenvolvimento, 44% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo e 56% em germinação.

 

4. TRIGO – Estimativas e condições gerais da cultura no Estado

A safra de trigo 2015/16 teve uma área de plantio de 1.091.795 ha, sendo 19% menor que a safra 2015. A produção foi de 3,44 milhões de toneladas, sendo 4,4% maior que a produção da safra 2014/15 e a produtividade ficou em 3.160 kg/ha, 23,5% maior que a da safra passada.  O trigo colhido na safra 2015/16 apresentou boa qualidade e bom rendimento, favorecido pelas condições climáticas que desde o início da safra foram favoráveis ao perfilhamento e desenvolvimento da cultura.

Visando equalizar os preços do trigo produzido nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a CONAB realizou no dia 04 de janeiro de 2017 leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e Prêmio para Escoamento de Produto (PEP). No caso do Pepro foram ofertadas 307,5 mil toneladas e comercializadas 67,7 mil toneladas, 22,02% do total ofertado. Quanto ao PEP, foram ofertadas 107,5 mil toneladas e a quantidade adquirida foi 3 mil toneladas de trigo, sendo 2,8% da quantidade ofertada.

O último leilão foi realizado no dia 25 de janeiro, sendo ofertados 84 mil toneladas para o Pepro e negociadas 72 mil toneladas. Já para o PEP, a oferta foi de 30 mil toneladas e a negociação foi de 4,2 mil toneladas. O único estado a negociar foi o Rio Grande do Sul.

 

5. FEIJÃO 1ª safra – Estimativas e condições gerais da cultura no Estado

A previsão de área plantada de feijão 1ª safra é de 197.931 hectares, 7% maior que a safra anterior. A produtividade é estimada em 1.769 kg/ha, sendo 8% maior que a safra anterior e a expectativa de produção é de 350.139 toneladas, apresentando um aumento de 19% em relação à safra 2015/16.

Da área estimada, 74% já está colhida e o produto apresenta boa qualidade, mas com produtividade abaixo do esperado, pois a cultura sofreu com períodos de estiagem no final do mês de novembro que prejudicaram algumas lavouras, causando abortamento de flores e consequentemente queda na produtividade.

Das áreas que restam para colher, 1% está em estádio de desenvolvimento vegetativo, 19% em floração, 25% em frutificação e 55% em maturação fisiológica. Em 80% das lavouras as condições de desenvolvimento são boas e 20% apresentam médias condições de desenvolvimento. A qualidade do produto pode ser prejudicada nas lavouras que ainda estão a campo devido às chuvas previstas para a semana no primeiro planalto, nos Campos Gerais e no planalto de Guarapuava.

 

 6. FEIJÃO 2ª safra – Estimativas e condições gerais da cultura no Estado

O feijão 2ª safra tem uma área prevista de plantio de 218.378 hectares, sendo 7% maior que a da safra anterior. A produtividade é estimada em 1857 kg/ha, 26% maior que a temporada anterior e a produção deve ficar em 405.511 toneladas, 36% maior que a produção da safra 2015/2016.

Da área estimada, 24% já estão plantadas e apresentam boas condições de desenvolvimento em 86% das lavouras e 14% apresentam médias condições. As lavouras estão em estádio de germinação em 56% das áreas e 44% em estádio de desenvolvimento vegetativo. O plantio está ocorrendo de forma um pouco mais lenta que o normal devido a chuvas constantes desde meados de janeiro na região dos campos gerais, mas este atraso não é significativo até o momento.

 

 

7. TABELAS COMPARATIVAS SOJA, MILHO, FEIJÃO, TRIGO – SAFRAS 15/16 e 16/17

TAB_1

TAB_2

TAB_3

 

8. Fontes consultadas:

-SEAB/DERAL; CONAB

– Simepar

– Comissão Técnica de Cereais Fibras e Oleaginosas:  Gustavo Ribas Netto – Ponta Grossa;   Eduardo Medeiros Gomes – Castro;   Nelson Natalino Paludo – Toledo;   Getulio Ferrari Junior – Campo Mourão;   Aristeu Sakamoto – Cambará;     José Roberto Mortari – Londrina;   Miguel Luiz Alves – Laranjeiras do Sul;    José Antonio Borghi – Maringá.

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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